Uma mulher de 40 anos foi presa em um banco da cidade de Joinville, norte de Santa Catarina, sob a suspeita de tentar sacar R$ 60 mil de um médico sequestrado em Salvador, capital baiana.
Segundo informações publicadas pelo g1 de Santa Catarina, um vídeo flagrou o momento em que a mulher é detida por policiais da Divisão de Investigação Criminal (DIC). A ação foi simultânea ao sequestro do médico otorrinolaringologista.
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Gilson Meirelles Campos Júnior foi levado pelos criminosos no dia 24 de abril, ao sair de uma farmácia do bairro da Pituba. Ele só foi libertado no dia 29, mesmo dia em que a mulher tentou sacar o valor.
Os policiais chegaram até a suspeita a partir da troca de informações entre a inteligência policial da Bahia e de Santa Catarina, além das próprias instituições financeiras que movimentaram a quantia.
O delegado Murilo Batalha classifica a participação da mulher, suspeita de integrar uma quadrilha especializada em diversos crimes por todo o país, de "suma importância na empreitada criminosa".
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"Ela forneceu as contas bancárias em nome dela para que os criminosos pudessem fazer as transferências bancárias sem deixar qualquer rastro acerca da identificação deles lá no estado da Bahia", informou.
A mulher foi autuada em flagrante por extorsão mediante sequestro. Ela foi encaminhada ao presídio feminino de Joinville.
Sequestro do médico
O médico otorrinolaringologista Gilson Meirelles Campos Júnior detalhou no dia 27 de abril, o sequestro que sofreu ao sair de uma farmácia na Pituba. Tudo começou no dia 24 do mesmo mês.
Segundo Gilson, ele foi surpreendido por um carro que travou o dele quando ainda estava no estacionamento do local. “Fui surpreendido por um carro que travou o meu, que estava estacionado. Um homem armado me mandou sair do carro, tomei um susto e resolvi obedecer. Me encapuzaram e me colocaram no fundo do carro", relatou em entrevista à TV Bahia.
O médico relatou que que teve as mãos e as pernas amarradas e, em seguida, o carro partiu. O grupo criminoso levou Gilson até a cidade de Castro Alves, no recôncavo baiano. Durante todo o percurso, ele foi mantido com uma venda, sem conseguir enxergar, e só descobriu depois onde estava.
Ainda de acordo com Gilson, quando ele saiu do carro dele para o veículo dos suspeitos, ele não levou o celular. Por causa disso, não tinha como fazer as transferências solicitadas pelo quarteto, que entrou em contato com a família do médico para as negociações financeiras. Assustados, os familiares acionaram a polícia.
Enquanto os suspeitos e os familiares negociavam as transferências, o médico foi levado para um cativeiro. Os sequestradores tiveram cuidado para que ele não conseguisse ver o local onde estava sendo mantido ou o rosto deles.
Apesar das ameaças, os criminosos avisaram que Gilson não seria morto. Segundo a Polícia Militar (PM), no dia 26, equipes que faziam o patrulhamento em Castro Alves avistaram o carro com os suspeitos. Os homens abandonaram o médico no veículo e fugiram. A vítima foi levada para o hospital e liberada no mesmo dia.
Prisão dos suspeitos
Três dos quatro suspeitos de sequestrar o médico foram presos em Salvador, no bairro de Sussuarana. Com eles foi encontrado o celular da vítima.
As ações tiveram o apoio da 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Santo Antônio de Jesus) e da Delegacia Territorial de Castro Alves. A quantia foi bloqueada e os envolvidos não conseguiram retirar nenhum valor.
Pronunciamento do médico após o sequestro
Nas redes sociais, dias depois de ter sido libertado e submetido a exames médicos, Gilson gravou um vídeo falando sobre o ocorrido. Ele disse que está bem e feliz em estar ao lado da famíia. Assista abaixo:
AUTOR
Mayra Lopes
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