Envolvido na morte da cantora gospel Sara Mariano, Victor Gabriel Oliveira, de 24 anos, cedeu uma entrevista exclusiva ao telejornal Bahia Meio Dia, da TV Bahia, deste sábado (18).
Na conversa com a repórter Adriana Oliveira, o ajudante de obras relatou detalhes da noite em que a pastora foi morta e citou arrependimento do crime.
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Durante a entrevista, que foi acompanhada pelo advogado do ajudante de obras, Marco Pavã, ele disse que frequentava a mesma igreja e Weslen Pablo Correia de Jesus, o Bispo Zadoque. Ele ainda afirma que se sentiu ameaçado para manter o silêncio sobre o crime.
O plano para matar Sara Freitas Sousa Mariano foi traçado por Ederlan, o marido da cantora, em setembro, segundo Victor Gabriel Oliveira.
"Foi lá [no estúdio] que ele falou desse plano [de matar Sara]. Ele conversou com o Bispo Zadoque, e aí eu estava no meio e não tive como escutar, mas o trato dele foi com o Bispo Zadoque" disse ele no depoimento
"No momento do ato, que o Zadoque desceu com a vítima, eu ouvi só os gritos deles. Eles gritaram, gritaram pedindo ajuda para ir lá. Eu desci [do carro], e ele [Bispo Zadoque] já estava no chão mais (sic) ela. Eu só fiz segurar o braço dela", continuou ele, que recebeu R$ 500 pela participação no crime.
Em meio ao choro, Victor Gabriel Oliveira disse estar arrependido: Eu já estava lá, não tinha como voltar atrás".
Envolvidos
O homem apontado como uma das pessoas que recebeu dinheiro pela morte da cantora procurou a polícia nesta sexta-feira, um dia após aparecer no relato dos envolvidos no crime.
Segundo a acareação feita com os homens, Davi Oliveira sabia do plano contra a vítima e teria ganhado R$ 200 de "cortesia". No entanto, ele nega relação com o crime.
O homem foi ouvido como testemunha na Delegacia de Dias d'Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), onde o caso é investigado, e foi liberado em seguida.
Também nesta sexta, o bispo e o motorista envolvidos na morte da cantora Sara Mariano foram transferidos para o Centro de Observação Penal (COP), no Complexo Penitenciário da Mata Escura, na capital baiana.
O local é o mesmo para onde o marido da vítima, Ederlan Mariano, foi levado no dia 1º de novembro, depois de também ser preso. Ele é apontado como mandante do crime e teria pago R$ 2 mil aos envolvidos.
Além de Weslen Pablo Correia de Jesus, que é conhecido como Bispo Zadoque, e o motorista Gideão Duarte, Victor Gabriel de Oliveira também teria participado da ação, mas foi liberado após confessar em depoimento, porque não havia mandado de prisão contra ele.
O grupo alegou que Davi sabia do plano de matar Sara Mariano, mas não participou de nenhuma fase do crime. O homem recebeu os R$ 200 de Zadoque, que foi responsável pela divisão do dinheiro. De acordo com os suspeitos, os outros R$ 1.800 foram divididos entre eles da seguinte forma:
- R$ 900: valor recebido por Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque, executor da vítima e responsável pela ocultação do cadáver.
- R$ 500: valor recebido por Victor Gabriel de Oliveira, que segurou Sara para que Weslen Pablo, o Bispo Zadoque, a matasse. Também participou da ocultação do cadáver.
- R$ 400: valor recebido por Gideão Duarte pelo transporte de Sara para encontro dos executores, e dos mesmos para a casa de Ederlan após o crime. Ele ainda retornaria ao local com os executores para a queima do corpo de Sara.
Redação iBahia
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