A Justiça manteve a prisão temporária do Bispo Zadoque e de Gideão Duarte, suspeitos pelo envolvimento na morte da cantora gospel Sara Mariano.
Wesley de Jesus, também conhecido como Bispo Zadoque, tem atuação em igrejas evangélicas na Região Metropolitana de Salvador e Gideão Duarte foi o motorista que levou a vítima até a cidade de Dias D'Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), no dia do seu desaparecimento.
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Mesmo escoltados, os dois foram hostilizados pela população na saída do fórum, em Dias D'Ávila. Vale lembrar, que o ex-marido de Sara Mariano, Ederlan Santos também está preso e segundo a Polícia Civil, figura como mandante do crime.
O advogado que representa Gideão, Carlos Augusto Vaz, informou o cliente estava colaborando com as investigações. "Gideão tem auxiliado a polícia, ele tem interesse que mais rápido possível se elucide esses fatos. Vamos continuar guerreando contra essa prisão", disse.
Já o advogado do Bispo Zadoque, Dielson Monteiro, informou que o cliente não confessa o crime e que a defesa ainda não teve acesso ao inquérito policial. "Não tivemos acesso ainda ao inquérito policial porque fomos acionados na manhã de hoje. Ainda vamos analisar e depois vamos prestar todos os esclarecimentos", afirmou.
Segundo a polícia, os dois são investigados por por suspeita de incendiar o corpo e tentar omitir provas do crime.
Investigações
Ainda nesta quinta-feira, a polícia ouve um jovem morador da cidade de Camaçari. Vitor Gabriel Oliveira, de 24 anos, foi intimado a depor. Segundo o advogado do depoente, seu cliente nega qualquer envolvimento no crime. Ele disse que conheceu Sara Mariano, mas teve pouco contato com ela. O jovem também conhece Bispo Zadoque, já que frequentam a mesma igreja, em Camaçari.
Prisão dos suspeitos
Dois acusados de envolvimento na morte da cantora gospel Sara Mariano tiveram mandados de prisão cumpridos por policiais da 25ª Delegacia Territorial (DT/Dias d’ Ávila), na noite de terça-feira (14) e na manhã desta quarta (15), na Ilha de Itaparica e em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS).
O titular da 25ª DT, delegado Euvaldo Costa, explica a suspeita de atuação dos acusados. “Conforme as investigações, o suposto líder religioso e o motorista de aplicativo são suspeitos de participação na logística e execução, bem como no ato de incendiar o corpo e na tentativa de omitir provas”, detalhou.
Ainda de acordo com o delegado Euvaldo Costa, o ex-marido de Sara ainda figura como mandante do crime. “As investigações apontam que o ex-marido da vítima deu valores em dinheiro para os autores e promoções artísticas para o suposto líder religioso. As investigações continuam, para individualizar as condutas dos envolvidos e identificar a possibilidade de mais participações”, informou.
Relembre o caso
A cantora gospel Sara Mariano desapareceu no dia 24 de outubro. À época, Ederlan Santos, esposo da vítima, registrou um boletim de ocorrência, afirmando para a polícia que ela havia deixado a casa da família para participar de eventos religiosos.
Ederlan chegou a pedir, nas redes sociais, ajuda para reencontrar a esposa. Também publicou uma foto ao lado da filha do casal, uma adolescente de 13 anos.
Três dias após o desaparecimento, o corpo de Sara Mariano foi encontrado parcialmente queimado em uma área de mata nas imediações da BA-093, próximo à cidade de Dias D’Ávila (RMS). Ederlan foi o responsável pelo reconhecimento do corpo.
A polícia confrontou a versão de eventos religiosos dada pelo marido com a de um líder religioso ligado a Sara. Com o decorrer das investigações, informações deram conta da fragilidade no casamento. Em um áudio, a cantora chegou a declarar que pensava em se separar do marido por conta de seus comportamentos.
De acordo com a Polícia Civil, Ederlan confessou o crime. O advogado do suspeito nega.
Gabriela Braga
Gabriela Braga
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