Três policiais militares foram presos, suspeitos de roubar um torcedor do Esporte Clube Vitória durante uma abordagem no sábado (1º), em Salvador. O caso ocorreu no dia do clássico entre Bahia e Vitória, marcado por episódios de violência.
Durante a ação, três torcedores do time foram abordados por PMs da 37ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Liberdade) e, ao final, um deles percebeu que seu celular havia sido furtado.
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Segundo informações iniciais da TV Bahia, os torcedores conseguiram entrar em contato com o comandante da área, que ordenou uma vistoria na viatura e nos policiais. O aparelho foi localizado, e os militares foram levados à Corregedoria da PM.
Em nota ao g1, a Polícia Militar (PM-BA) confirmou a prisão dos agentes. A corporação disse que os PMs foram detidos "após o comando da unidade tomar ciência de uma denúncia envolvendo conduta irregular durante uma abordagem a torcedores de uma agremiação esportiva".
Os três agentes foram levados para a Coordenadoria de Custódia Provisória, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Eles seguirão detidos à disposição da Justiça.
A TV Bahia pediu também um posicionamento à Polícia Civil (PC), mas ainda não obteve retorno.
Além do roubo ao torcedor, o sábado de Ba-Vi foi marcado por pelo menos três casos de agressão no transporte público de Salvador. Um ônibus foi atingido por uma bomba, outro coletivo foi alvo de pedradas e o motorista de um terceiro veículo foi agredido com uma lata de cerveja.
Os relatos foram feitos pelo Sindicato dos Rodoviários, que responsabilizou torcedores de times de futebol pela violência, em entrevista ao g1.
Saiba mais sobre as agressões:
Motorista atacado com lata de cerveja
De acordo com Renato Santos, diretor da entidade, o motorista de um ônibus que circulava pela região da Vasco da Gama foi agredido após se recusar a dar carona a torcedores que não queriam pagar pela passagem. O time do grupo não foi identificado.
"Uma dupla com uniforme estava no meio de alguns torcedores e pediram carona. O motorista se negou e um deles, com uma lata de cerveja na mão, jogou [a lata] no rosto do motorista, machucando. Ele tomou sete pontos no rosto", destacou Santos.
Ele compartilhou imagens do rosto machucado do colega com o g1, mas optou por manter a identidade do rodoviário em sigilo.
Santos relatou que o trabalhador foi diretamente à 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris) para registrar a queixa, mas o policial de plantão teria se recusado a fazer o boletim de ocorrência, exigindo que o rodoviário fosse primeiro ao médico. O g1 solicitou um posicionamento à Polícia Civil, que informou não ter encontrado o registro da ocorrência.
De acordo com o diretor, o motorista recebeu suporte da Integra, empresa responsável pela operação do transporte. Ele foi atendido no Hospital Teresa de Lisieux.
Ônibus apedrejado
Imagens mostram que um ônibus da Plataforma, que fazia a linha 0708 - Nordeste x Lapa, foi apedrejado. O vidro traseiro e as janelas laterais foram quebrados quando o veículo passava pela região do Ogunjá, nas proximidades da Arena Fonte Nova.
Segundo Santos, os suspeitos são torcedores do Bahia. Apesar da agressão, ninguém ficou ferido.
Ataque a bomba em ônibus
Como noticiado no sábado (1º), um ônibus foi atingido por uma bomba na Avenida Octávio Mangabeira, nas imediações do bairro de Itapuã, em Salvador. Esse ataque ocorreu por volta das 15h, momentos antes da partida de futebol.
O explosivo teria sido arremessado por membros da torcida organizada do Vitória. Apesar do susto, ninguém se feriu. Os danos se restringiram à estrutura do veículo, que teve a porta do meio amassada pela bomba.
Diante desses casos, a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) lamentou os episódios e, em nota, enfatizou que todo ataque ao transporte público prejudica diretamente a população, já que os veículos precisam ser retirados para manutenção, gerando maior tempo de espera nos pontos e redução no número de viagens.
O g1 pediu mais esclarecimentos sobre esses casos à Polícia Civil (PC), que reforçou não ter registro das ocorrências.
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Redação iBahia
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