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Corpos desaparecidos

PM suspeito de matar funcionários de ferro-velho na Bahia é solto

Paulo Daniel e Matusalém desapareceram em novembro de 2024, na Bahia; dono de ferro-velho, suspeito de ser mandante do crime, segue foragido

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Naiana Ribeiro

21/01/2025 às 15:12 - há XX semanas
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O soldado da Polícia Militar Josué Xavier, suspeito de envolvimento nas mortes de dois jovens funcionários de um ferro-velho que desapareceram em Salvador, foi solto após o término do período da prisão temporária. Os corpos de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz continuam desaparecidos.


				
					PM suspeito de matar funcionários de ferro-velho na Bahia é solto
Jovens desapareceram após saírem para trabalhar. Foto: Reprodução/TV Bahia

De acordo com a Polícia Civil (PC), foi feito um pedido para a prorrogação da prisão do suspeito, mas a instituição não obteve resposta. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) emitiu uma nota informando que não pode esclarecer o motivo de o pedido não ter sido analisado, pois o caso está sob segredo de justiça.

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A Polícia Militar informou que Josué Xavier voltou ao quadro da corporação, mas foi designado para o setor administrativo até o término das investigações. Ele está lotado na 19ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Paripe.

Além de Xavier, o gerente do ferro-velho, Wellington Barbosa, conhecido como "Cabecinha", também foi preso. Ele cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica devido a um diagnóstico de hanseníase, doença que afeta a pele e os nervos, causando incapacidades físicas.

A Polícia Civil não informou se houve pedido de manutenção da prisão de Wellington e nem se o pedido foi aceito pela Justiça.

Em declaração recente, o delegado José Nélis, da 3ª Delegacia de Homicídios, responsável pela investigação, afirmou que ainda não era possível determinar a participação de cada um dos suspeitos no crime. No entanto, as apurações indicam que Paulo Daniel e Matusalém foram mortos.

O desaparecimento de ambos completou dois meses em 4 de janeiro. Os jovens foram vistos pela última vez quando saíram de suas casas para trabalhar como diaristas no ferro-velho, localizado no bairro de Pirajá.

O proprietário do estabelecimento, Marcelo Bastista da Silva, é considerado o principal suspeito de ser o mandante do crime. Em 9 de novembro, a Justiça decretou sua prisão preventiva, mas ele fugiu e segue foragido.

Marcelo é réu em um processo por violência doméstica contra sua ex-companheira. Uma audiência está agendada para a próxima semana, mas, segundo a vítima, o advogado de Marcelo pediu o adiamento.

Quem é o dono do ferro-velho na Bahia?


				
					PM suspeito de matar funcionários de ferro-velho na Bahia é solto
Marcelo é dono do ferro-velho onde jovens trabalhavam e está foragido da Justiça. Foto: Redes sociais

Marcelo Batista da Silva é o dono do empreendimento. Além do mandado de prisão em aberto em relação ao desaparecimento dos dois jovens, o nome do empresário aparece em investigações a respeito de outros crimes. Segundo a polícia, ele é:

  • investigado por duplo homicídio;
  • investigado por tentativa de homicídio;
  • apontado com envolvimento com milícia e facção criminosa;
  • responde por violência doméstica contra a ex-mulher.

Na Justiça do Trabalho, Marcelo Bastista da Silva responde a nove processos em andamento, enquanto outros 60 foram arquivados. As acusações incluem descumprimento de pagamento de salários, horas extras, assédio sexual e tortura.

As famílias dos jovens desaparecidos acusam o empresário de envolvimento no crime, alegando que ele teria acusado as vítimas de furto.

Durante as investigações, a Polícia Civil encontrou o carro do suspeito em uma loja especializada em veículos de alto padrão, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Avaliado em R$ 750 mil, o veículo foi deixado no local por outra pessoa, que solicitou a troca dos bancos, dizendo ter comprado o carro com alguns pontos de sujeira. A polícia informou que a suposta sujeira pode ser, na verdade, vestígios de sangue dos jovens.

Em 8 de novembro, antes da expedição do mandado de prisão, o empresário deu sua versão dos fatos, alegando que havia sofrido o furto de cinco toneladas de fardos de alumínio em dois meses e que, em 3 de novembro, havia recuperado 500 quilos após seguir o caminhão usado no crime. Marcelo afirmou que, no dia 4 de novembro, enquanto registrava uma ocorrência contra um terceiro funcionário (não identificado), flagrou Paulo Daniel e Matusalém em um novo furto à empresa.

O empresário contou ainda que planejava acionar a polícia no dia seguinte para realizar um flagrante e recuperar a carga roubada, mas os jovens não compareceram ao trabalho e desapareceram sem deixar mais notícias.

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Naiana Ribeiro

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