O policial militar Marlon da Silva Oliveira, investigado por matar um adolescente de 17 anos e balear outro jovem de 19 anos, na madrugada de domingo (1°), em Salvador, foi afastado do cargo e teve a arma recolhida. A informação foi confirmada pela Polícia Militar (PM-BA), através de nota, nesta quarta-feira (4).
Marlon prestou depoimento na 1ª Delegacia de Homicídios de Salvador na segunda-feira (2) e foi liberado, pois não houve flagrante. Ele alegou legítima defesa. Apesar de ter sido afastado das funções operacionais, o policial foi realocado para a área administrativa até o fim das investigações da Polícia Civil, que está em posse da arma do suspeito.
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O crime ocorreu na madrugada de domingo (1º), no bairro de Ondina, e foi registrado por uma pessoa que passava pela região. O policial militar não estava fardado nem utilizava o veículo oficial da corporação. Ele alegou que agiu em legítima defesa após os jovens tentarem assaltá-lo.
O mesmo argumento foi apresentado pela namorada do policial, que não teve o nome divulgado. A mulher é uma das oito testemunhas que já foram ouvidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
PM suspeito de matar adolescente fugiu após crime em Salvador
Um vídeo registra o momento em que o adolescente Gabriel Santos Costa e o jovem de 19 anos, cuja identidade não foi divulgada, são rendidos pelo policial.
Após balear as vítimas, o atirador entrou no carro branco, que aparece no vídeo, e fugiu do local. O adolescente morreu no momento do ataque, enquanto o jovem de 19 anos foi socorrido e levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde segue internado em estado grave nesta quarta-feira (4).
A Polícia Civil (PC) informou que pediu a prisão preventiva do suspeito ainda na segunda-feira, quando ele se apresentou na delegacia. Apesar disso, o pedido não foi considerado urgente pelo plantão judiciário. Nesta quarta, a polícia ainda aguarda manifestação da Justiça.
Além disso, a polícia disse, em nota, que busca imagens capturadas por câmeras de videomonitoramento da região para auxiliar na conclusão do inquérito.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que a PM instaurou um processo administrativo disciplinar para investigar a conduta do policial.
Joana Miranda
Joana Miranda
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