O policial militar acusado de matar o pastor evangélico Alisson dos Santos Rocha, de 30 anos, durante uma ação policial em Ilhéus, no sul da Bahia, foi condenado a 12 anos de prisão na quinta-feira (27).

Ricardo Santos Ribeiro foi julgado no Júri Popular, que começou às 8h e se estendeu até cerca das 19h30, totalizando mais de 11 horas de julgamento. A decisão ainda cabe recurso.
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Como efeito automático da condenação, foi decretada a perda do cargo. No entanto, o policial só poderá ser preso após o trânsito em julgado, ou seja, após o esgotamento de todos os recursos. As informações são do g1.
Relembre o caso

O caso ocorreu em junho de 2022, no bairro de Nossa Senhora da Vitória. Algumas testemunhas relataram que viaturas e um helicóptero da Polícia Militar da Bahia estiveram presentes nas proximidades da igreja onde a vítima costumava frequentar. Naquele momento, a polícia afirmou que os tiros não haviam sido disparados pelos agentes a bordo do helicóptero.
Segundo os moradores da área, Alisson estava realizando um trabalho evangelístico quando os disparos começaram. As pessoas se apressaram a correr e se esconder atrás de um muro, mas ele acabou sendo atingido por dois tiros no pescoço.
A Polícia Militar informou que equipes da 69ª CIPM estavam em patrulha na área conhecida como Tangerina quando um grupo de homens armados avistou os policiais e começou a disparar. Os policiais reagiram, e os suspeitos acabaram fugindo. Logo depois, a corporação recebeu chamadas de moradores, que relataram que um homem havia sido atingido por um tiro na Rua da Matriz, também no mesmo bairro.
De acordo com a polícia, uma outra equipe chegou ao local e encontrou a vítima sendo socorrida por moradores, que contaram que ele foi ferido durante a troca de tiros.
A polícia prestou atendimento ao homem e o levou até os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas infelizmente ele não sobreviveu aos ferimentos.
A ocorrência foi registrada na 7ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin).
Protesto de moradores
Por causa da morte de Alisson, moradores fizeram um protesto e bloquearam um trecho da rodovia Ilhéus-Buerarema, na altura que corta o bairro Nossa Senhora da Vitória, em frente à sede de um módulo policial. Bombas chegaram a ser estouradas, mas não houve registro de feridos.
Além de líder evangélico, Alisson também trabalhava como pintor e fazia trabalhos sociais na comunidade onde a igreja fica situada.
O corpo dele foi velado na Igreja Batista Sinai e sepultado no Cemitério do Couto, na zona rural de Ilhéus.
O Grupamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar disse que uma investigação foi iniciada para saber a origem do tiro que atingiu o religioso. O resultado não foi divulgado.

Redação iBahia
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