As ações da 'Operação Saigon' continuarão nos próximos dias. Essa informação foi divulgada pela diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Andréa Ribeiro, durante uma coletiva de imprensa realizada no prédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Itapuã, bairro de Salvador.
"Nós teremos aí, acredito que a partir também da análise do material que foi aprendido hoje, a possibilidade de uma nova etapa da operação. Mas vamos aí esperar o final do dia para que a gente tenha esse balanço total. Mas assim, pelo menos no dia de hoje as ações elas continuam e nós executamos. É importante que os policiais continuem mobilizados até para alcançar os indivíduos que ainda não foram pedidos."
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Até o momento, seis pessoas morreram e 15 foram presas, desde o início da manhã desta sexta (22). A operação também cumpre mandados no município de Feira de Santana e no Sistema Prisional. Na capital baiana, as ações aconteceram em uma área que liga a região do final de linha de Águas Claras e Cajazeiras 7 e apresenta diversas saídas para a rua principal, a Estrada do Matadouro.
A Secretaria de Segurança Publica (SSP-BA) detalhou em balanço que, ao todo, foram 43 mandados de busca e apreensão realizados. Armas, drogas e dinheiro também foram apreendidos durante as ações.
Todos os custodiados foram encaminhados para a sede do DHPP, onde ficarão à disposição do Poder Judiciário. Um dos mandados de prisão foi cumprido no Sistema Prisional contra um homicida. Todo material apreendido será encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Investigação feita há mais de um ano
A diretora explicou ainda que o grupo criminoso estava sendo monitorado há mais de um ano e só uma operação seria capaz de "alcançar esses indivíduos".
"Mas, essa operação ela é uma operação que foi pensada estrategicamente nessa área, uma área que pontuava com índices altos de CVRI. Então, nós precisávamos pensar, a gente precisava se planejar para atuar nessa área de uma forma mais efetiva. Para além das ações diárias que vinham sendo realizadas, não só pelas equipes da Polícia Civil em Águas Claras, mas também como equipes da Polícia Militar, nós precisávamos de uma operação que pudesse realmente alcançar esses indivíduos de uma forma que pudéssemos cumprir mandados de busca e de prisão. Essa operação, operação programada há mais de uma ano, e cuja execução aconteceu nessa data", explicou.
Sobre a participação da Polícia Federal na operação, o delegado Marcelo Siqueira, da PF, disse que a inclusão da corporação tem se intensificado, desde a criação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). E hoje "foi mais uma ação".
"A gente já vinha atuando de forma integrada com as forças estaduais...A Polícia Federal está colocando à disposição que tem de melhor em termos de estrutura e de efetivo policial para combater o crime aqui no estado da Bahia", pontuou o delegado.
Ainda na coletiva, a coronel disse que o sistema de inteligência funciona como um corpo humano, onde cada um tem uma função necessária para sucesso conjunto.
"Então, todo esse entrosamento é feito no planejamento conjunto; e vem dos braços, que é a execução da operação propriamente dita, que é aquilo que foi ouvido e visto foi trabalhado pelo cérebro no planejamento e foi executado nos braços para dar cumprimento, porque, do contrário, não passaria de uma mera vontade, você ficaria na vontade de prender criminosos e não conseguiria, se ouvido e planejado."
Redação iBahia
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