O número de mortes em ações policiais contabilizadas em Salvador e Região Metropolitana (RMS) no mês de setembro foi de 143 vítimas. De acordo com informações divulgadas pelo Instituto Fogo Cruzado, outras 43 pessoas foram feridas.
Setembro foi o mês com maior número de pessoas baleadas durante ações policiais desde que o Fogo Cruzado começou a mapear dados na Bahia. Os números ultrapassam os dados registrados no Rio de Janeiro.
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Segundo o levantamento, foram ao todo 203 tiroteios registrados. A maioria deles foi oriunda de operações policiais (74), disputas entre grupos armados (20), perseguições (10) e outras motivações, que assustaram a população e que restringiram serviços básicos em alguns bairros.
Veja os números abaixo:
Salvador: 158 tiroteios, 109 mortos e 35 feridos
Camaçari: 12 tiroteios, 11 mortos e 4 feridos
Lauro de Freitas: 9 tiroteios e 8 mortos
Simões Filho: 7 tiroteios e 4 mortos
Dias D’Avila: 4 tiroteios e 3 mortos
Itaparica: 4 tiroteios, 3 mortos e 2 feridos
Madre de Deus: 3 tiroteios, 1 morto e 1 ferido
Mata de São João: 3 tiroteios e 2 mortos
Candeias: 1 tiroteio e 1 morto
Pojuca: 1 tiroteio, 1 morto e 1 ferido
Vera Cruz: 1 tiroteio sem vítimas
Durante o mês de setembro, os bairros mais afetados pela violência armada foram:
Pernambués: 9 tiroteios, 2 mortos e 2 feridos
Alto das Pombas: 8 tiroteios e 9 mortos
Calabar: 7 tiroteios, sem baleados
IAPI: 6 tiroteios, 5 mortos e 1 ferido
Paripe: 6 tiroteios, 1 morto e 1 ferido
Valéria: 6 tiroteios, 9 mortos e 2 feridos
Metodologia do Fogo Cruzado
O Fogo Cruzado usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada. O laboratório da instituição produz mais de 40 indicadores inéditos sobre violência nas regiões metropolitanas do Rio, do Recife e de Salvador.
Por meio de um aplicativo de celular, o instituto recebe e disponibiliza informações sobre tiroteios, checadas em tempo real, que estão no único banco de dados aberto sobre violência armada da América Latina, que pode ser acessado gratuitamente pela API do Instituto.
Redação iBahia
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