O motorista por aplicativo, suspeito de sequestrar e roubar mulheres, em Salvador, já foi preso anteriormente. A declaração foi feita delegada Maritta Souza, da 16ª Delegacia Territorial (DT), onde o caso está sendo investigado. Ao menos quatro mulheres foram vítimas.
Segundo a delegada, o homem foi preso por roubo, após ter o veículo emprestado por uma pessoa que acredito que ele era um motorista por aplicativo.
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"Ele já tinha sido preso por roubo, utilizando um outro veículo, já não foi esse mesmo que ele utiliza na plataforma. Foi constatado que foi emprestado a pessoa teria emprestado a ele, por se tratar de um motorista por aplicativo, e que eles tinham um grupo de WhatsApp. A partir daí, eles tinham o contato, e fez o empréstimo do veículo", declarou.
Uma das vítimas do suspeito explicou, em entrevista para a TV Bahia, que pediu o carro por aplicativo e pouco tempo depois de entrar no automóvel, o homem teria anunciado o assalto ao mostrar que estava armado.
Ele teria obrigado a vítima a fazer transações por pix para diversas contas diferentes, que podem ultrapassar o valor de R$10 mil, segundo a mulher.
"Fui fazendo várias transferências para eles, para nomes diferentes, de pessoas diferentes. Foram cinco transferências. Não lembro exatamente o total, mas somando tudo pode ter dado uma média de R$10 mil, talvez mais", explicou.
Durante o trajeto, ela recebeu ameaça de morte até o momento em que ele decidiu encerrar o sequestro, após cerca de 40 minutos, e a deixou na BR-324, sem celular.
"Em todo o percurso ele ameaçava me matar se eu ficasse mais nervosa. Eu errava o número do pix e ele me ameaçava cada vez mais [...] Quando ele ficou satisfeito com o valor, ele falou que ia ficar com meu celular para eu não conseguir rastrear, me largou próximo a BR-324 e disse para eu não esboçar nenhuma reação", finalizou.
Ainda de acordo com a delegada, quatro casos foram registrados na delegacia e que é possível que ele tenha praticado o crime em outras localidades. Além disso, a empresa responsável pelas corridas teria informado que o motorista há foi excluído pela plataforma.
"Temos a informação da própria empresa de que ele foi excluído recentemente, apesar do fato vir acontecendo desde o mês passado. Agora são as buscas para que ele seja capturado e venha a responder a justiça pelos crimes cometidos", explicou.
Empresa se pronunciou
Em nota, a Uber se pronunciou sobre o caso e afirmou que a empresa está à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações, além de afirmar que a conta do suspeito foi temporariamente desativada após conhecimento do ocorrido.
A empresa ainda afirmou que busca "por meio da tecnologia, fazer da sua plataforma a mais segura possível, de uma forma escalável" e destacou as ferramentas de segurança que existem no aplicativo para as viagens.
Por fim, a Uber disse que "todos os parceiros cadastrados passam por uma checagem de apontamentos criminais realizada por uma empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos para cadastramento na plataforma, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o país", além de "checagens periódicas dos motoristas já aprovados, pelo menos uma vez a cada 12 meses".
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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