A cantora gospel Sara Mariano teria relatado para a irmã, Soraya Correia, que foi ameaçada de morte pelo marido, Ederlan Mariano, que foi preso após confessar ter assassinado a artista.
Ederlan, que foi preso na madrugada do sábado (28), fingiu procurar pela esposa após um falso desaparecimento na terça-feira (24). Após a polícia encontrar o corpo de Sara, parcialmente carbonizado, ele confessou o crime em depoimento.
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Foi Soraya quem relatou as ameaças que a cantora gospel teria sofrido. Segundo ela, Sara Mariano teria se trancado no quarto com a filha de 11 anos para não sofrer agressões.
"Ela estava com medo dele, dizia que ele era agressivo. Ele ameaçava de morte. Ela chegou a dizer algumas vezes que ia denunciar, e ele disse que ela podia até denunciar, mas no dia que ele saísse de lá, ia acabar com a raça dela", disse.
"Ele fazia uma quebradeira dentro de casa. Um dia, ela se trancou dentro do quarto com a criança. Tenho provas, tenho um áudios em que minha irmã contava", completou a irmã da cantora.
Marcus Rodrigues, advogado da família, reiterou o relacionamento abusivo que Sara Mariano vivia com a irmã. "Era um relacionamento tóxico, em que ele agredia ela, não somente verbalmente, como fisicamente também. Ele bebia muito, chegava em casa agredindo, forçava a Sara a ter relações sexuais, e isso acabou nesse fato criminoso", comentou.
Marido preso
O marido de Sara Mariano teve a prisão confirmada pela polícia na manhã de sábado (28), após confessar o crime. Ele foi preso temporariamente, porque um dos delegados que investiga o caso apontou que houve clara intenção do investigado destruir possíveis provas armazenadas no celular da vítima.
De acordo com o delegado que acompanha as investigações da morte da cantora gospel, o crime foi planejado em setembro.
"De acordo com as informações já dentro do inquérito, toda a articulação para a morte da posta se iniciou no dia 24 de setembro, o que nos remete a participação de outras possíveis pessoas envolvidas neste crime", afirmou Evaldo Costa, titular da delegacia de Dias D'Ávila.
O delegado afirmou que aguarda os laudos periciais e técnicos para estabelecer uma motivação para o crime. Ainda segundo ele, Ederlan Mariano tentou apagar aplicativos e mensagens do celular da vítima.
Lucas Mascarenhas
Lucas Mascarenhas
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