A Justiça da Bahia prorrogou as prisões temporárias dos três suspeitos de matar a cantora gospel Sara Freitas. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (13). O marido dela, que é apontado como mandante do crime, também segue preso.
Gideão Duarte e Bispo Zadoque, o Weslen Pablo Correia de Jesus, estão na 23ª Delegacia Territorial, em Lauro de Freitas. Já Ederlan Mariano e Victor Gabriel de Oliveira cumprem determinação da Justiça no Centro de Observação Penal (COP).
Leia também:
O caso, que completará 2 meses no dia 24 de dezembro, segue em investigação da polícia. Durante acareação feita na Delegacia de Dias d'Ávila, onde o crime é apurado, o trio que teve a prisão prorrogada teria confessado o assassinato.
No entanto, a defesa de Gideão nega que ele tenha participado do crime. Ederlan também teria admitido envolvimento, mas negou posteriormente.
Durante a acareação, o trio contou que dividiu R$ 2 mil pelo trabalho e apontou o marido de Sara como pagante. Além dos homens, um quarto, identificado como "cantor Davi Oliveira", aparece na divisão do dinheiro. Porém o homem nega que tinha conhecimento do crime.
Em contato com a reportagem nesta quarta-feira, a família da cantora pediu para que o sobrenome Mariano, que pertence à família do companheiro da vítima, não seja mais usado. O objetivo é desassociar Sara do marido.
Guarda na Justiça
Na terça-feira (12), a Justiça da Bahia concedeu a guarda provisória da filha de Sara à família do pai da menina. A informação foi divulgada pela defesa dos familiares da cantora gospel, que também disputavam o direito de cuidar da garota de 11 anos. A advogada Sarah Bastos informou que irá recorrer.
A decisão vai de acordo com parecer emitido pelo Ministério Público estadual (MP-BA), no início do mês. O órgão é a favor da menina ficar com os avós paternos, mesmo sendo o pai dela suspeito de mandar matar a mãe. Procurado pelo iBahia na ocasião, o MP-BA não comentou o assunto, por estar em segredo de Justiça.
Também procurada pelo portal, a defesa da família de Sara Mariano tinha dito que confiava que a Justiça entregasse a menina à avó materna, que mora no Maranhão e está em Salvador resolvendo os trâmites, porém já tinha deixado claro que iria recorrer caso isso não acontecesse.
Segundo Sarah Bastos, a família vê como positiva a mudança da garota para a casa de Dolores Freitas, para afastar a criança da exposição que recebeu na Bahia após o crime.
A primeira audiência do caso aconteceu no dia 29 de novembro, em Salvador. A menina conversou com uma psicóloga, enquanto era assistida por uma juíza. O depoimento aconteceu no Fórum das Famílias, que fica ao lado do Fórum Ruy Babosa, no Campo da Pólvora.
A escuta começou às 9h, teve pausa para almoço e só foi finalizada por volta das 18h. As partes interessadas também acompanharam a conversa, porém os detalhes não podem ser divulgados.
Enquanto a decisão definitiva não sai, a criança deve seguir com a família do pai, tendo encontros com a avó materna. Até alguns dias atrás, ela não sabia a relação do pai com o crime.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!