Um homem foi preso na manhã desta sexta-feira (3) suspeito de invadir o próprio prédio e manter seus três filhos reféns dentro do quarto de seu apartamento, no bairro Caminho de Areia, em Salvador. A situação ocorreu após uma perseguição policial, mas as crianças, com idades de 6, 8 e 9 anos, foram libertadas sem ferimentos.
O suspeito, identificado como Márcio Santos, é acusado de comandar parte do tráfico de drogas na região. O prédio onde ele reside está localizado na Praça Americano da Costa. A perseguição começou depois que a Polícia Militar (PM-BA) recebeu uma denúncia sobre um carro roubado na área. Ao chegar ao local, os PMs encontraram Márcio armado, que então invadiu o prédio e se trancou com as crianças no quarto.
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A companheira de Márcio estava no apartamento, mas não foi feita refém. A PM informou que um dos filhos do casal celebrava aniversário no mesmo dia.
Suspeito de manter três filhos reféns em Salvador tentou enganar policiais e fez 'live' nas redes
Durante a negociação, Márcio tentou enganar os agentes das Rondas Especiais (Rondesp) dizendo que seu nome era Igor Amorim. Além disso, ele fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais, onde exigiu a presença de jornalistas no local para liberar os filhos. Após 40 minutos de negociação, o suspeito se entregou.
"Durante a negociação, ele o tempo todo apontou uma pistola 9mm para os policiais e exigiu a presença da imprensa. Só depois disso que ele se entregou", contou à TV Bahia o subcomandante da Rondesp, Carlos Assis, que participou da negociação.
A primeira criança a ser liberada foi o filho mais novo, enquanto os outros dois foram libertos no momento da prisão.
O suspeito, sua companheira e a arma utilizada no crime foram inicialmente encaminhados à Central de Flagrantes, localizada no bairro dos Barris. Embora a mulher não seja considerada suspeita, ela deverá prestar esclarecimentos.
Márcio será ouvido na Central de Flagrantes, enquanto a esposa será interrogada na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Os filhos do casal serão ouvidos na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
"Ele faz parte de uma facção, já foi preso outras vezes, inclusive com arma de fogo e drogas", afirmou o subcomandante.
"Foi uma negociação de alto risco. Márcio estava inicialmente muito nervoso, falava que estava com medo de morrer e que já conhecia o trabalho da Rondesp. Acalmamos o tempo todo e chegou o momento que ele esfriou a cabeça e se entregou", relatou Carlos Assis.
Naiana Ribeiro
Naiana Ribeiro
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