Um homem suspeito de importunar e agredir mulheres foi preso na manhã desta terça-feira (19), no sul do estado. Alan Araújo Santos foi alvo de mandado de prisão preventiva, busca e apreensão na cidade de São José da Vitória. Ele fingia ser policial na abordagem das mulheres.
Segundo informações da Polícia Civil e publicadas pelo g1, o suspeito foi indiciado por lesão corporal, ameaça, importunação sexual e crimes contra a honra, que tiveram duas mulheres como vítimas.
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A prisão do suspeito aconteceu após denúncias feitas pelas vítimas ao Ministério Público da Bahia(MP-BA). Elas relataram, segundo a polícia, que o autor descumpriu medidas cautelares determinadas pela Justiça, constrangendo as mulheres e seus familiares, em circunstâncias que não foram detalhadas.
Nesta terça, Alan Santos foi apresentado na sede da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Itabuna) e submetido a exame de corpo de delito. Por fim, ele foi levado ao Conjunto Penal de Itabuna. O smartphone do investigado também foi apreendido durante a operação.
Entenda o caso
Os crimes envolvendo as mulheres vieram à tona há pouco mais de três meses. Segundo o publicado pelo g1, o delegado Izael Fiterman, da delegacia de São José da Vitória, disse que a arma usada pelo suspeito era falsa e parentes afirmaram que o homem tem transtornos psicológicos.
O mais recente crime cometido por Alan foi no dia 2 de setembro de 2023. Em imagens divulgadas nas redes sociais, o suspeito desfere vários socos em uma mulher que estava sentada no chão. A vítima, que tem 48 anos e preferiu não ser identificada, também relatou que sofreu importunação sexual, na ocasião.
"Eu tinha descido para comprar um lanche e ele veio, me abraçou por trás e apertou meu seio. Eu o empurrei, falei para me respeitar e fui para outro estabelecimento", contou.
Ao chegar na outra loja, a vítima percebeu que o local já estava fechado. Foi então que o suspeito, que a seguiu até o local, mandou que ela ficasse de joelhos e apontou uma arma para a cabeça dela. "Não deu tempo nem de ficar de joelhos, porque ele deu um murro na minha cabeça e eu caí sentada", lembrou.
Com a repercussão das imagens, uma comissão da Federação Brasileira de Direitos Humanos passou a acompanhar o caso. A advogada Andrea Peixoto, que faz parte da comissão, informou que a entidade pediu a prisão preventiva do homem e medidas cautelares para proteger a vítima.
Antes disso, na noite de 31 de agosto, uma jovem de 22 já tinha acusado o mesmo homem de agressão. Ela contou que voltava de um banheiro público, localizado próximo à uma praça da cidade, quando foi alvo de ameaça, agressão e importunação.
"Ele simplesmente me empurrou, começou a tocar nas minhas partes íntimas, me batendo. Dizia que ia me matar e o tempo todo dizia que era polícia", lembrou.
De acordo com a jovem, o homem só parou de agredi-la quando outra pessoa interferiu. Após a agressão, ela procurou a delegacia da cidade.
Mayra Lopes
Mayra Lopes
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