A mãe do sushiman William Aguiar Santos, de 28 anos, desaparecido há mais de um mês, na cidade de Terra Nova, a 80 quilômetros, se emocionou ao falar do filho na manhã desta segunda-feira (17). Um homem suspeito de envolvimento no desaparecimento do sushiman foi preso na sexta-feira (14).
"O delegado disse que está em investigação, que já prendeu o principal suspeito do desparecimento do meu filho e eu só quero justiça. Que ele diga onde é que está meu filho, o que ele fez com meu filho", contou a mãe de William Santos, Ana Cristina.
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"Não vou aceitar ficar sem uma resposta. Qual foi o motivo para ele fazer isso com eu filho? Ele desapareceu e até agora nenhuma resposta", disse a idosa, emocionada.
Em entrevista para a TV Bahia, Ana Cristina contou que viver em notícias do filho têm sido muito difícil.
"Até agora não sei se mataram William, onde é que está o corpo ou se ele [o filho] está em cárcere privado. É o mínimo que ele [suspeito] tem que fazer é dizer o que eles fizeram e o motivo".
"Eu quero que ele apodreça na cadeia. É o mínimo que quero", desabafou Ana Cristina.
A Polícia Civil não revelou a relação do suspeito preso com o desaparecimento do sushiman. William Aguiar Santos foi visto pela última vez no dia 7 de maio deste ano, por volta das 23h, em um bar.
"Meu filho não era uma pessoa ruim e trabalhou desde cedo. Simplesmente passou um dia no interior, na casa dele e aconteceu uma tragédia dessa", disse Ana Cristina.
Segundo familiares, no dia do desaparecimento, o jovem saiu da casa onde morava, em Salvador, para encontrar uma mulher em Terra Nova. No dia seguinte, o sushiman não foi mais localizado.
Testemunhas contam que William estaria se relacionando com a ex-companheira de um traficante do município de Terra Nova. Porém, essas informações não foram confirmadas pela Polícia Civil.
Casa do sushiman foi invadida e revirada
Após o desaparecimento de William, a família encontrou a casa onde ele vivia com as lâmpadas e televisão ligadas. Além disso, os documentos do sushiman estavam em cima de uma mesa.
O baiano morava em Salvador, no bairro de Cajazeiras 10, mas viajava constantemente para Terra Nova, cidade onde nasceu e onde a família ainda vive. Meses antes do desaparecimento, o jovem estava no Rio Grande do Sul, onde trabalhava em um restaurante.
Ao ser demitido, voltou para a Bahia e conseguiu um emprego na capital do estado. Willliam deixou duas filhas, que moram no Rio Grande do Sul com a mãe.
