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Denunciados por morte de Mãe Bernadete irão a júri popular

Justiça determinou júri para três dos cinco suspeitos denunciados pelo MP pela morte de Mãe Bernadete

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Alan Oliveira

23/07/2024 às 16:40 • Atualizada em 23/07/2024 às 17:32 - há XX semanas
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Três homens denunciados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) pelo assassinato de Mãe Bernadete irão a júri popular. A informação foi divulgada pelo órgão nesta terça-feira (23). A decisão é da 1ª Vara Crime de Simões Filho. No entanto, ainda não há data definida.


				
					Denunciados por morte de Mãe Bernadete irão a júri popular
Líder religiosa foi assassinada em agosto deste ano no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Foto: Reorodução/ Redes sociais

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Segundo o MP-BA, Arielson da Conceição Santos, Marílio dos Santos e Sérgio Ferreira de Jesus serão julgados pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, de modo cruel, sem possibilitar a defesa da vítima e para assegurar a execução. Arielson também responderá pelo crime de roubo.

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A Justiça determinou ainda a manutenção da prisão preventiva dos três. Dois deles estão presos. Já Marílio segue foragido junto Josevan Dionísio dos Santos e Ydney Carlos dos Santos de Jesus. Eles estão no Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

Apesar de Marílio dos Santos não estar preso, o caso dele avançou na denúncia por ter representante legal, segundo pontuou o advogado dele, Fábio Menezes Ziliotti, em contato com o g1.

Para Josevan e Ydney a ação penal foi desmembrada, a pedido do MP-BA, para garantir o andamento do processo dos outros.


				
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Denunciados pelo crime, e que estão foragidos, foram incluídos no Baralho do Crime. Foto: Divulgação/SSP-BA

Segundo a sentença judicial, a análise das investigações e das provas técnicas e testemunhais aponta para existência de elementos relevantes e suficientes sobre a autoria dos crimes.

O documento destaca também que, em “dezenas de oitivas de familiares e moradores da localidade Quilombo Pitanga dos Palmares”, foi “unânime o relato de que a vítima, fundadora e importante liderança da comunidade, era figura reconhecida pela luta referente ao assentamento, reconhecimento do quilombo e pelo combate à exploração ilegal de madeira e à prática de tráfico de drogas”.

Conforme as investigações, que foram detalhadas pelo MP-BA, os réus integram uma organização criminosa, cujo líder seria Marílio, também integrante de outra facção com atuação em Salvador e Região Metropolitana (RMS).

Há ainda um sexto homem envolvido no caso, identificado como Carlos Guiodai, que foi indiciado em um inquérito separado, por ter recebido as armas após o crime e ajudado a fuga de um dos executores. Ele não está incluído nessas ações penais.

Morte de Mãe Bernadete


				
					Denunciados por morte de Mãe Bernadete irão a júri popular
Caso Mãe Bernadete completa dois meses sem solução; relembre caso. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Mãe Bernadete foi assassinada no dia 17 de agosto de 2023, na sede da associação quilombola, no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho. Com ela, estavam três netos, de 12, 13 e 18 anos.

Segundo as investigações da "Operação Pacific", a líder religiosa foi alvejada com 25 tiros de arma de fogo em várias partes do corpo. Já os netos não tiveram ferimentos.

As apurações chegaram a conclusão de que Mãe Bernadete foi executada porque se posicionou de maneira firme contra a expansão do tráfico de drogas na região e contra especificamente contra a construção da barraca "Point Pitanga City".

O local, segundo a investigação, seria um ponto de venda de drogas administrado por Marílio e Ydney, edificada pelo grupo criminoso na barragem de Pitanga dos Palmares.

Além de infringir a lei pela venda dos entorpecentes, o estabelecimento teria sido construído de forma ilegal, uma vez que o local é área de preservação ambiental.


				
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Casa onde Mãe Bernadete foi morta, dentro do quilombo. Foto: Reprodução / TV Globo
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