O delegado Euvaldo Costa dos Santos, responsável por decretar a prisão do marido de Sara Mariano, detalhou em documento do pedido de prisão que Ederlan Mariano controlava emocionalmente a esposa. Além disso, ele indica que o investigado demonstrou clara intenção de destruir provas presentes no celular da vítima.
Ainda no documento, o delegado fala que, apesar de Ederlan ter ido a delegacia e comunicado o desaparecimento de Sara, as evidências apontavam para uma realidade diferente.
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"As evidências apontam que o investigado não só mantinha controle emocional da vitima, sobretudo dos fatos ora investigados, o que se iniciou com a noticia do desaparecimento e evoluiu para homicídio qualificado com ocultação de cadáver, cuja vitima foi encontrada com o corpo carbonizado às margens da BA093 no trevo de acesso ao Povoado de Leandrinho neste município", escreveu o delgado.
Além disso, Euvaldo salientou que as intenções de Ederlan eram claramente destruir as provas no celular da vítima, que teve o número desativado após o sumiço.
"O investigado deixa claro sua intenção de destruir as possíveis provas que estavam armazenadas no celular da vitima e prejudicar as investigações dos fatos , bem como impedir a aplicação da lei penal”, detalhou o delegado no documento.
Diante disso, a prisão temporária e uma ordem judicial de busca domiciliar no endereço indicado foram decretadas. Ederlan confessou o crime após ser chamado novamente a 25ª Delegacia Territorial, em Dias D'Ávila, pata prestar depoimento. A informação foi confirmada ao iBahia pela Polícia Civil neste sábado (28). Até o momento, não há detalhes do que motivou o crime.
O que diz a defesa da família
Em entrevista à TV Bahia, o advogado da família, Marcos Rodrigues, afirmou que Sara Mariano vivia um relacionamento tóxico com Ederlan.
"Ele já agredia ela, não somente verbalmente, como fisicamente. Ele bebia muito, chegava em casa agredindo, forçava a Sara a ter relacionamentos sexuais e isso acabou coagulando nesse fato criminoso", diz o advogado.
Marcos falou ainda como o áudio que a vítima enviou para irmã é um dos indícios de que Ederlan já premeditava o assassinato de Sara.
"Esse áudio corrobora que ele já vinha premeditando esse fato. No momento que, de forma repentina, Sara descobri que ele está em contato com uma pessoa - supostamente envolvida com o tráfico de drogas - para compra de uma arma, deixa claro para nós que ele já estava premeditando esse crime bárbaro", pontua Marcos.
O advogado pontuou ainda que a família de Sara está muito abalada e que a filha da cantora gospel, de apenas 11 anos, também é uma das principais vítimas do crime.
Iamany Santos
Iamany Santos
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