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Agressão da Guarda Municipal

Defesa de ambulante agredido tem dificuldade de registrar ocorrência

Agressão do guarda municipal ao ambulante ocorreu durante apreensão no Santo Antônio Além do Carmo

foto autor

Gabriela Braga

29/03/2024 às 14:23 - há XX semanas
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A defesa do ambulante Raul Neto, agredido por um guarda municipal no bairro Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, na noite de quinta-feira (28), não conseguiu registrar a ocorrência na 1ª Delegacia, nos Barris.


				
					Defesa de ambulante agredido tem dificuldade de registrar ocorrência
Defesa de ambulante agredido tem dificuldade de registrar ocorrência. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo informações de Rafaela Dias, advogada da vítima, em entrevista à TV Bahia, ao chegar na unidade ela foi informada que a delegacia não era o local apropriado para registrar a denúncia. "Falaram que pelo suspeito ser um agente público, eu não poderia fazer a denúncia da delegacia, e sim ir na Corregedoria, no Retiro, para que os guardas fossem identificados", disse.

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A advogada ainda disse que o caso se trata de arbitrariedade por causa dos tapas recebidos pela vítima. "O agir do guarda, a lesão que houve, além da injúria, tudo isso precisa ser registrado. E quem pode me dar a guia é a delegacia", explicou a advogada. "Além do dano moral por conta da agressão na frente de muita gente, tem também o dano material, porque ele tinha fruta, bebida e a mesa que foi destruída", concluiu.

Através de nota, a Polícia Civil informou que a vítima pode retornar a 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris) e registrar o Boletim de Ocorrência. Ainda segundo a polícia, a informação sobre a negativa de um servidor da unidade em fazer o registro está sendo apurada.


				
					Defesa de ambulante agredido tem dificuldade de registrar ocorrência
Defesa de ambulante agredido tem dificuldade de registrar ocorrência. Reprodução/ TV Bahia

Vendedor ambulante agredido

Um guarda municipal foi flagrado dando um tapa no rosto de um ambulante nesta quinta-feira (28), no bairro Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador. Os dois entram em uma discussão após os agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) recolherem o material do ambulante. "Eu não sou vagabundo não", disse o ambulante.

Em entrevista à TV Bahia, Raul Neto disse que ainda não consegue acreditar no que aconteceu. "A ficha não caiu totalmente, é um sentimento de impotência muito grande mediante quem deveria ser nossa segurança, ser a nossa guarda. Eu não tenho como parar. Eu moro sozinho, tenho uma cachorra pra cuidar, tenho que me alimentar, alimentar ela. Não é obrigação do outro entender isso. Eu não tava fazendo nada de errado, eu estava trabalhando", desabafou.

Em nota, a Guarda Municipal afirmou que recebeu uma denúncia de agressão de um agente durante uma ação de apreensão realizada pela Semop.

O órgão afirma que não compactua com nenhuma ação que ultrapasse os "princípios legais". Diz ainda que as imagens serão encaminhadas para a corregedoria da CGM, para que as apurações sejam realizadas, "respeitando o princípio do contraditório e ampla defesa".

Veja vídeo da agressão:

Defesa de ambulante agredido tem dificuldade de registrar ocorrência Arquivo pessoal
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