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Contrariando acareação, Gideão nega relação com morte de Sara Mariano

Defesa diz que investigado foi ouvido sem a presença de advogado. Em nova versão, ele diz que desconhece o crime

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Alan Oliveira

30/11/2023 às 15:44 • Atualizada em 30/11/2023 às 16:10 - há XX semanas
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O motorista Gideão Duarte, que foi preso por suspeita de envolvimento na morte da cantora gospel Sara Mariano, nega que tenha relação com o crime. A informação foi divulgada pela defesa dele nesta quinta-feira (30). A versão contraria o que foi dito na acareação feita com outros dois investigados.


				
					Contrariando acareação, Gideão nega relação com morte de Sara Mariano
Ederlan, Zadoque, Gideão e Victor são investigados pelo crime. Foto: Reprodução

Em entrevista exclusiva ao iBahia, o advogado Carlos Augusto Vaz informou que não estava presente nas duas vezes em que o cliente foi ouvido, incluindo a acareação. A defesa diz também que Gideão não sabia, não planejou e não participou do assassinato da vítima. Ele deve ser ouvido de novo nos próximos dias.

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"Consta supostamente que ele teria dito alguma coisa, mas eu não sei. Não estava presente. No caso do Gideão, em nenhum momento foi dada oportunidade dele se manifestar com advogado", contou.

Gideão Duarte segue cumprindo prisão temporária na 23ª Delegacia Territorial, em Lauro de Freitas. Inicialmente, havia sido divulgado que ele, Bispo Zadoque, Ederlan Mariano e Victor Gabriel de Oliveira ficariam no Centro de Observação Penal (COP), que fica localizado no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. No entanto, isso não aconteceu.

Ao chegarem no local, Gideão e Bispo Zadoque, o Weslen Pablo Correia de Jesus, não deram entrada, porque a decisão da Justiça sobre as prisões não especificavam a unidade como o local de cumprimento. Com isso, conforme detalharam as defesas, ambos seguiram para Lauro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).


				
					Contrariando acareação, Gideão nega relação com morte de Sara Mariano
Cantora gospel Sara Mariano foi encontrada morta após ser dada como desaparecida. Foto: Reprodução/Instagram

Nesta quinta-feira, apenas Ederlan Mariano e Victor Gabriel seguem no COP. O caso segue sob investigação. No entanto, a polícia tem trabalhado com a versão apresentada na acareação. Os depoimentos aconteceram no dia 16 de novembro, na Delegacia de Dias d'Ávila.

O grupo alegou que um quinto homem, identificado como "cantor Davi Oliveira", sabia do plano de matar Sara Mariano, mas não participou de nenhuma fase do crime. O homem recebeu R$ 200 como "cortesia", de Zadoque, que foi responsável pela divisão do dinheiro ofertado por Ederlan. De acordo com os suspeitos, os outros R$ 1.800 foram divididos entre eles da seguinte forma:

  • R$ 900: valor recebido por Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque, executor da vítima e responsável pela ocultação do cadáver.
  • R$ 500: valor recebido por Victor Gabriel de Oliveira, que segurou Sara para que Weslen Pablo, o Bispo Zadoque, a matasse. Também participou da ocultação do cadáver.
  • R$ 400: valor recebido por Gideão Duarte pelo transporte de Sara para encontro dos executores, e dos mesmos para a casa de Ederlan após o crime. Ele ainda retornaria ao local com os executores para a queima do corpo de Sara.

				
					Contrariando acareação, Gideão nega relação com morte de Sara Mariano
A morte da cantora Sara Mariano é investigada pela polícia. Três pessoas estão presas, entre elas o marido da vítima. Reprodução/ Redes Sociais

Relato do crime

Weslen Pablo Correia de Jesus, o Bispo Zadoque - executor do crime
  • Ao lado de Victor Gabriel de Oliveira e Gideão Duarte, participou do planejamento, da execução e da ocultação do cadáver de Sara Mariano.
  • Disse ter usado gasolina para incendiar o corpo da cantora.
  • Detalhou a divisão do dinheiro entregue por Ederlan para o crime.
  • Disse que Ederlan prometeu novos pagamentos quando o dinheiro que Sara teria guardado em casa fosse localizado. Os valores estariam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil.
Victor Gabriel de Oliveira - ajudou na execução
  • Pediu desculpas por ter mentido no primeiro depoimento e admitiu participação no crime.
  • Disse que o crime foi planejado em setembro, um mês antes da execução.
  • Afirmou que Gideão simulou uma pane no veículo para entregar Sara aos executores.
  • Segurou Sara para que Weslen (Bispo Zadoque) a esfaqueasse.
  • Afirmou que após o crime seguiu com os demais suspeitos para a casa de Ederlan, onde entregaram o celular de Sara para o mandante.
  • Disse que acompanhou Weslen, e levados por Gideão, retornaram ao local do crime no dia seguinte para ocultar o cadáver, após Ederlan mostrar preocupação com a repercussão do desaparecimento da cantora gospel.
Gideão Duarte - motorista que conduziu Sara e os executores para o crime
  • Disse ter tomado conhecimento do plano apenas no dia do crime.
  • Foi chamado por Weslen, o Bispo Zadoque, e recebeu R$ 400.
  • Deixou Victor e Weslen no local combinado e em seguida fez o mesmo com Sara.
  • Para parar no local com a cantora gospel, simulou que o carro passava por um pane.
  • Disse ter ficado no carro enquanto Weslen e Victor mataram Sara.
  • Levou os executores de volta para a cada de Ederlan, onde eles entregaram o celular da vítima.
  • Em seguida, levou os dois para Rodoviária e pegaram o cantor Davi Oliveira.
  • O destino do grupo era Camaçari, mas no trajeto, Weslen pediu para voltar ao local do crime.
  • Após o desvio, o trio foi deixado no condomínio Algarobas, em Camaçari, e seguiu para casa, onde foi devolver o carro que dirigia, e que era emprestado.
  • Afirmou ainda que no dia seguinte ao crime, pela noite, retornou com Weslen e Victor ao local para retirar o corpo, ou caso não fosse possível, atear fogo, o que foi feito.
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