Diego Hernan Dirísio, considerado pela Polícia Federal como maior contrabandista de armas da América e avo de uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para chefes de facções do Brasil é argentino e mora no Paraguai.
A Polícia Federal fez buscas na casa do suspeito, mas ele ainda não foi encontrado. A Justiça da Bahia, que conduz a operação, determinou que os alvos de prisão que estiverem no exterior sejam incluídos na lista vermelha. Além disso, caso sejam presos, devem ser extraditados para o Brasil.
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Segunda PF, a investigação começou em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. As armas estavam com o número de série raspado. No entanto, a polícia conseguiu obter as informações após perícia e avançar no caso.
Neste período foram realizadas 67 apreensões que totalizam 659 armas apreendidas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará.
Investigações
A Justiça da Bahia conduz a operação, em curso na 2º Vara Federal de Salvador/BA. Foram expedidos 25 mandados de prisões preventivas, seis ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil, Paraguai e Estados Unidos.
Até as 7h40 desta terça (5), cinco envolvidos foram presas no Brasil e 11 no Paraguai. A informação foi confirmada pela Polícia Federal.
No Brasil, os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Praia Grande/SP, São Bernardo do Campo/SP, Ponta Grossa/PR, Foz do Iguaçu/PR, Brasília/DF e Belo Horizonte/MG.
A Polícia Federal fez buscas na casa do suspeito, mas ele ainda não foi encontrado. A Justiça da Bahia, que conduz a operação, determinou que os alvos de prisão que estiverem no exterior sejam incluídos na lista vermelha. Além disso, caso sejam presos, devem ser extraditados para o Brasil.
Ainda segundo as investigações, o empresário comprava milhares de pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de vários fabricantes europeus (Croácia, Turquia, República Tcheca, Eslovênia).
Após adquirir as armas, o Diego Hernan Dirísio vendia o armamento para as facções brasileiras, principalmente de São Paulo e do Rio de Janeiro. O esquema envolvia também doleiros e empresas de fachada no Paraguai e nos EUA.
A operação foi realizada pela Polícia Federal da Bahia, em parceria com Ministério Público Federal (MPF) e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) com o Ministério Público do Paraguai.
Veja as fotos das apreensões feitas na casa de Diego Hernan Dirísio:
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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