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Lauro de Freitas

Condomínio na BA é notificado após incêndio e morte de criança

O caso aconteceu nesta sexta-feira (19), no bairro Jambeiro. O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) estava vencido desde 2022

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Mayra Lopes

19/01/2024 às 20:50 - há XX semanas
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O Corpo de Bombeiros notificou o condomínio de Lauro de Freitas, cidade localizada na Região Metropolitana de Salvador, onde uma criança de 4 anos morreu vítima de um incêndio. O caso aconteceu nesta sexta-feira (19), no bairro Jambeiro.


				
					Condomínio na BA é notificado após incêndio e morte de criança
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) estava vencido desde 2022. Foto: Reprodução/TV Bahia

Segundo informações da corporação, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) estava vencido desde 2022. O condomínio foi notificado para realizar as devidas adequações em um prazo de 30 dias.

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Durante a inspeção, os bombeiros observaram que os hidrantes estavam sem mangueiras, bombas sem funcionar, extintores vencidos, ausência de brigadistas e sistema de alarma inoperante. Vale pontuar que o Corpo de Bombeiros não informou o que acontece com o condomínio caso o prazo não seja cumprido.

O acidente

O caso aconteceu por volta das 4h, em um dos prédios do condomínio residencial Santo Amaro de Ipitanga, localizado na Avenida Progresso. A habitação foi entregue há pouco mais de dois anos através do programa Minha Casa, Minha Vida.

Segundo a Polícia Civil, Samuel Borges de Abreu estava com o irmão de seis anos em um dos quartos do apartamento em que moravam, localizado no segundo andar do prédio, quando as chamas começaram.

De acordo com a família, o pai das crianças, identificado como Renato Abreu, de 62 anos, chegou a entrar no quarto e conseguiu salvar um dos filhos. Ao sair do imóvel, descobriu que o outro menino estava dentro do apartamento. Ele não conseguiu retornar ao local, que já estava tomado por chamas.


				
					Condomínio na BA é notificado após incêndio e morte de criança
Samuel Borges de Abreu estava com o irmão de seis anos em um dos quartos do apartamento em que moravam. Foto: Arquivo Pessoal

Renato Abreu também foi atingido pelo fogo. Ele foi atendido por equipes do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Não há detalhes sobre o estado de saúde dele.

O Corpo de Bombeiros informou que quando uma equipe da corporação chegou ao local, o incêndio já tinha sido debelado por moradores. Os bombeiros informaram que encontraram Samuel morto dentro do quarto. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado e fez a remoção do corpo.

Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento de Samuel.

Medidas de segurança

As circunstâncias do acidente ainda são desconhecidas. Segundo informações publicadas pelo g1 bahia, os moradores afirmaram que alguns dos apartamentos do condomínio apresentaram problemas com instalações elétricas nos últimos meses.

"Disseram que foi problema com o ventilador, mas eu não sei. O hidrante não tinha uma gota de água, como é que ia apagar? O pessoal foi nas casas, encheu baldes, pegou extintores e conseguiu apagar o fogo", disse uma vizinha da família.

"Quando os bombeiros chegaram, não adiantava mais, porque a gente já tinha apagado. Mesmo assim a criança morreu. Para mim foi por conta dos fios, mas não sei", acrescentou.

O capitão do Corpo de Bombeiros, identificado como Góes em entrevista à TV Bahia, disse que vistoriou o prédio e encontrou todos equipamentos de segurança. No entanto, as caixas de água dos hidrantes de todos os pavimentos estavam vazias.

"Para que ter hidrante, se não tinha água? Se tivesse, a gente tinha apagado mais rápido e a criança não tinha morrido", lamentou uma vizinha da família.

De acordo com o capitão Góes, além de vazias, as caixas de água dos hidrantes também estavam sem mangueiras e chaves. "Conversando com os moradores, eles relataram que não teve nenhum treinamento para usar esses equipamentos. Então, de nada adianta ter a instalação preventiva no prédio e os moradores não saberem utilizar", afirmou o militar.

Um dos moradores do prédio também afirmou para o Corpo de Bombeiros que o alarme de incêndio não foi acionado.

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