Um dos chefes de uma facção baiana, considerada uma das maiores e mais violentas, foi transferido para uma prisão de segurança máxima em Brasília, no Distrito Federal (DF), nesta quinta-feira (30). Investigações feitas pela Polícia Federal (PF) apontam que, mesmo preso, ele continuava ordenando ações de retaliação e emboscada contra rivais.
Pablo Ribeiro de Moura, conhecido como "Amarelo", estava preso na Penitenciária Lemos Brito, em Salvador. No DF, ele ficará em uma cela isolada e sem comunicação. Ele estava preso desde o dia 13 de julho de 2022 e determinou a invasão da penitenciária de dentro da própria prisão.
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Na quarta-feira (29), a PF pediu a transferência de Pablo. Investigações das forças de segurança revelam que partiu dele a ordem que resultou no assassinato do agente federal Lucas Caribé, em 15 de setembro. Caribé integrava uma equipe da PF que estava no bairro de Valéria, também em Salvador, para combater a ação das facções criminosas que disputavam controle da região.
Ainda segundo a PF, "Amarelo" foi quem ordenou que homens armados tomassem as localidades do Lavrador e do Penacho, em Valéria. As áreas pertenciam ao grupo e foram invadidas pela facção rival.
A determinação de "Amarelo" foi dada, de acordo com a PF, através de uma vídeo-chamada para 100 integrantes do grupo que estavam reunidos dentro de um matagal, que liga Valéria ao bairro da Palestina. A reunião aconteceu na manhã do dia 14 de setembro, um dia antes do confronto.
Na ocasião, "Amarelo" também disse que o grupo receberia um reforço de mais de 50 criminosos com atuações me outros bairros. Ele também ordenou que um homem, identificado como Ueslei Marcos do Nascimento Argolo, conhecido como "Bambi", pegasse armamentos e dividisse para o grupo.
Iamany Santos
Iamany Santos
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