Um policial militar foi demitido e outros dois integrantes da corporação punidos pela morte do artista plástico Manoel Arnaldo dos Santos, mais conhecido como Nadinho. O crime foi cometido em março de 2018, durante uma ação policial no ateliê dele, na cidade de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador.
A PM informou que o PAD concluiu que o policial militar demitido "desvirtuou a finalidade constitucional atribuída ao exercício da função pública e a confiabilidade da população na corporação militar baiana".
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A identidade do ex-servidor não foi revelada. Já os outros dois, Evaldo Nunes e Dinalvo dos Santos, a PM informou que foi aplicada uma sanção disciplinas. Os agentes estão detidos no Batalhão de Choque da PM.
Ainda segundo a PM, o inquérito instaurado pela corregedoria da corporação foi remetido à Justiça, junto com um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que apurou a conduta dos policiais militares.
Crime
De acordo com o g1 Bahia, familiares relataram que no dia do crime os policiais chegaram ao local atirando. O artista plástico morreu após ser atingido por um tiro que atravessou o lado direito das costas e saiu pelo lado esquerdo.
Na ocasião, a PM tinha alegado que, no dia do crime, Nadinho estava com um revólver e disparou contra a guarnição, da janela de casa, mas a arma falhou. A versão foi contestada pela família.
Em junho de 2018, uma reconstituição do caso foi feita. Na ocasião, os três PMs envolvidos, que estavam afastados das atividades, foram indiciados por homicídio doloso. Em julho do mesmo ano, a perícia desmentiu a versão dos policiais de que Nadinho teria atirado contra eles.
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) acolheu o pedido da Justiça e desclassificou a infração penal contra os réus para o crime não doloso, quando não há intenção de matar. O caso foi remetido à Justiça Militar, onde os denunciados vão responder por crime de homicídio culposo. Com a nova classificação, o MP-BA não pode mais atuar no processo.
Redação iBahia
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