A morte do turista paranaense Júlio Cesar Moreira, que teve o corpo encontrado atrás do Cristo da Barra, em Salvador, segue sem solução depois de 8 meses. A informação foi confirmada ao iBahia nesta quinta-feira (20) pela Polícia Civil (PC), que investiga o caso.
De acordo com a corporação, a apuração continua em andamento, sob responsabilidade da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico). O caso é tratado como assassinato e já há indicativa de suspeito. No entanto, outros detalhes não foram passados, para não atrapalhar a investigação.
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Esta seria a sétima prorrogação do prazo para a entrega do inquérito, que costuma ser de 30 dias. Especialistas ouvidos pelo iBahia explicam que o pedido pode ser feito à Justiça quantas vezes forem necessárias, até o fim do trabalho da polícia.
Procurado pelo portal, o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que deveria acompanhar as apurações desde novembro do ano passado, quando abriu um procedimento administrativo sobre o caso, não deu resposta até a última atualização desta reportagem.
No início do mês, o órgão chegou a informar que a última solicitação de dados para a polícia aconteceu no dia 4, com um prazo de dez dias. No entanto, a corporação informou que não foi notificada dos pedidos ao longo dos últimos 7 meses. O iBahia questionou sobre isso ao MP-BA, mas também não teve resposta.
Morte de turista na Barra é cercada por mistério
Com poucos detalhes, o caso da morte de Júlio Cesar Moreira segue confuso, inclusive para a família do pedagogo, que tenta acompanhar tudo do Paraná.
Enquanto a mãe do turista, Josélia Moreira, acredita que ele foi vítima de um acidente, com base no que foi passado para ela pelas autoridades, para a imprensa, no entanto, a polícia diz tratar o caso como assassinato.
O turista tinha 36 anos quando morreu, no ano passado. Ele saiu do hotel onde estava hospedado com a mãe, na Barra, com a justificativa de que iria pedalar, em 14 de outubro, mas não voltou.
O corpo do turista foi localizado no dia seguinte, nas pedras que ficam atrás do Morro do Cristo - um dos principais pontos turísticos de Salvador. No dia 15 de junho, o caso completou exatos 8 meses.
Até então, o que se sabe é que o pedagogo sofreu um traumatismo cranioencefálico aberto e que não foi detectada a presença de drogas na urina dele, conforme apontam laudos cadavéricos passados para o portal pela família do pedagogo.
Segundo especialistas, as lesões abertas da cabeça envolvem penetração do couro cabeludo e crânio. O documento que contém os detalhes da análise mostram ainda que o traumatismo foi provocado por um instrumento contundente. No entanto, esse objeto, que pode ser uma pedra, por exemplo, não foi detalhado.
A polícia tem o laudo cadavérico do paranaense desde o dia 30 de outubro, exatos 15 dias depois que o turista foi encontrado morto, segundo informação divulgada pelo Departamento de Polícia Técnica do estado (DPT).
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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