
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria das pessoas com colesterol alto não se tratam, ou desconhecem que estão com os níveis elevados.
Por ser uma doença silenciosa, sem sintomas evidentes, o colesterol alto só é identificado por exames de sangue, por isso é muito importante, a partir dos 35 anos, procurar um médico uma vez por ano para acompanhamento através de exames laboratoriais e exames físicos, se o médico avaliar risco de doenças.
O colesterol é um componente estrutural das membranas celulares em nosso corpo, e está presente no coração, cérebro, fígado, intestinos, músculos, nervos e pele. Desempenha funções essenciais em nosso organismo, como a produção de vitamina D, testosterona, estrógeno, cortisol e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras.

No entanto, o excesso de colesterol (conhecido por dislipidemia) pode formar placas de gorduras na parede das artérias dificultando o fluxo sanguíneo ou, até mesmo, obstruindo essa passagem, o que é prejudicial e aumenta o risco de infarto e outras doenças cardiovasculares.
O HDL é conhecido como o “colesterol bom” e o LDL como o “colesterol ruim”.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) define como parâmetros: colesterol total abaixo de 190mg/dl; colesterol HDL acima de 40mg/dl; e triglicérides abaixo de 150mg/dl.
Em relação ao LDL, considerado o grande vilão, os valores máximos são avaliados de acordo com o grau de risco do paciente. Quanto maior o risco, mais baixo deve ser o colesterol, podendo variar de 70mg/dl a 130mg/dl.
O colesterol alterado pode ocasionar:
• Infarto
• Acidente Vascular Cerebral (AVC)
• Complicações renais
• Síndrome coronariana aguda
• Angina
• Trombose
Fatores de Risco
• Alimentação inadequada: 30% do colesterol são provenientes da nossa alimentação e as gorduras saturadas, presentes em alimentos de origem animal, contribuem para a elevação do colesterol sanguíneo
• Histórico genético ou hereditário
• Obesidade
• Idade
• Diabetes
• Sedentarismo
• Excesso de bebida alcoólica
• Menopausa
• Tabagismo
Tratamento
Em muitos casos é indicado o uso contínuo de medicamentos, e as estatinas, de acordo com os especialistas, são os medicamentos mais seguros para tratar o colesterol alto, reduzindo em até 70% os riscos para doenças cardiovasculares de acordo com a prescrição médica. Não deve ser trocado sem orientação do médico.
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Prevenção
• Praticar atividade física regularmente (uma caminhada diária de 30 minutos já ajuda para começar). A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda, no mínimo, 150 minutos por semana de atividade física;
• Manter uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e grãos;
• Evitar o tabagismo;
• Evitar o estresse;
• Evitar bebida alcoólica
Colesterol alto em crianças e adolescentes
Para o tratamento, recomenda-se iniciar a terapêutica não farmacológica através da dieta alimentar, estimulando a atividade física e o controle dos outros fatores de risco, a partir dos dois anos de idade. Para o tratamento farmacológico, quando necessário, só após os 10 anos.
Em crianças e adolescentes recomenda-se o acompanhamento médico quando:
- Há histórico em familiares de primeiro grau, como avós, pais, irmãos e primos, principalmente com quadro de aterosclerose prematura (exemplo: pais ou irmãos com história de infarto em idades muito jovens);
- Há suspeita de colesterol alto em exame físico;
- Se tiver outro fator de risco;
- Quando tiver outras doenças, como hipotireoidismo, síndrome nefrótica, e imunodeficiência adquirida;
- Quando ocorreu uso de contraceptivos, imunossupressores, corticoides, antirretrovirais e outras drogas que possam induzir a elevação colesterol;
É necessário acompanhamento por pediatra e nutricionista, além de avaliação dos hábitos de vida familiares, e priorizar as necessidades energéticas e vitamínicas para a idade.
Fonte consultada: cardiologista Nivaldo Menezes Filgueiras Filho, diretor da Associação Bahiana de Medicina (ABM), e integrante do corpo clínico do Hospital São Rafael, da Fundação Bahiana de Cardiologia, e da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia.
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Redação iBahia
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