Um estudo feito em mais de 140.000 homens encontrou 63 variações genéticas que, quando presentes no código do DNA, aumentam o risco de câncer de próstata. Pesquisadores combinaram essas novas variantes com as mais de 100 anteriormente apontadas como ligadas à doença para desenvolver um exame de DNA que tenta prever quais homens têm mais chances de adoecer, e conseguiram identificar o grupo de 1% em maior risco. São homens com probabilidades quase seis vezes maiores de desenvolver esse tipo de câncer do que a média da população porque herdaram muitas dessas variantes de risco.
O estudo aumenta para 170 o número de variações do DNA consideradas como de risco genético para desenvolvimento do câncer de próstata, aproximando os cientistas do uso de informações genéticas para tratamento clínico. Os resultados equipam os médicos com ferramentas práticas para avaliar os pacientes e conseguir um diagnóstico antecipado. O estudo foi publicado hoje na revista Nature Genetics.
— Não é uma cura, mas a informação pode ajudar a identificar homens com alto risco de desenvolver câncer de próstata, que podem se beneficiar de exames avançados e futuras prevenções — disse Christopher A. Haiman, professor de medicina preventiva da Universidade do Sul da Califórnia e principal autor do projeto — Temos a habilidade de identificar os homens com maior risco de desenvolver câncer de próstata, agora precisamos pensar em como usar essa informação genética para a prevenção.
Para identificar marcadores genéticos associados ao risco de câncer de próstata, os pesquisadores usaram "OncoArray", uma nova análise de DNA. Foram comparadas mais de meio milhão de alterações no código de DNA de 80.000 homens com câncer de próstata e de 61.000 homens saudáveis.
Individualmente, cada uma das 63 variações genéticas encontradas tem apenas um pequeno efeito no risco gerado para o paciente, mas o efeito de herdar múltiplas variantes combinadas pode ser dramático. Os pesquisadores conseguiram identificar o grupo de homens com mais alto risco porque eram aqueles que haviam herdado muitas das variantes genéticas prejudiciais. Os resultados mostram que aqueles que pertenciam ao 1% com maior risco tinham 5,7 vezes mais chances de desenvolver câncer de próstata do que a população geral.
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum em homens americanos, com um em cada nove homens sendo diagnosticados durante a vida, e a terceira principal causa de morte por câncer em homens nos Estados Unidos.
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Redação iBahia
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