Surfistas de centros urbanos têm três vezes mais chances de contrair superbactérias resistentes a antibióticos do que outras pessoas. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Exeter, no Reino Unido, adeptos desse esporte engolem dez vezes mais água contaminada por esgoto que nadadores, por exemplo.
As superbactérias são uma das maiores ameaças à saúde pública no planeta, de acordo com cientistas. Milhares de pessoas morrem todos os anos devido a microorganismos que desenvolveram resistência a todos os antibióticos conhecidos. Ou seja, não há remédio para tratar uma infecção contraída por superbactéria.
Bactérias desenvolvem essa resistência devido a, entre outros motivos, uso desnecessário ou exagerado de antibióticos. Mas a equipe da Universidade de Exeter se debruçou sobre os riscos de contaminação no ambiente.
Os cientistas coletaram amostras de fezes de 273 britânicos, sendo que metade dos participantes pratica surfe regularmente. Após análise em laboratório, eles descobriram que 9% dos surfistas nesse grupo carregavam formas resistentes da temida bactéria E-coli. Por outro lado, apenas 3% dos participantes que não praticam surfe tinham essa forma da bactéria.
“Essa pesquisa é a primeira desse tipo a identificar uma ligação entre o surfe e a colonização do intestino por bactéria resistente a antibióticos", afirma a cientista Anne Leonard, autora principal do estudo, publicado neste domingo pelo periódico "Environment Internacional".
De acordo com especialistas, antibióticos são lançados no meio ambiente oriúndos de fazendas e de esgoto, entre outras fontes. Em algumas áreas, pode ser observada uma concentração de antibóticos maior do que em pacientes sendo tratados com esse medicamento.
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Redação iBahia
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