Você costuma consumir leite achocolatado com frequência? Cuidado, isso pode ser muito prejudicial para saúde. De acordo com a nutricionista Karina Fernando Cadete Leite, da clínica do Hospital Edmundo Vasconcelos, esse produto está longe de ser uma opção nutritiva. “O ideal é que não haja o consumo”, diz ela.
A razão para isso está na composição da bebida, que segundo a especialista, possui alto teor de sódio, conservantes, corantes, estabilizantes e açúcar, o que, no longo prazo, pode acarretar problemas de saúde, principalmente no público infantil.
“O leite achocolatado em caixinha é considerado um alimento ultra processado e, por isso, não deve fazer parte da alimentação saudável. Na maioria dos casos, o teor de açúcar é superior ao de cacau, o que traz malefícios à saúde como maior tendência a obesidade, diabetes e doenças do sistema circulatório”, reforça Karina.
De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade diária de consumo de açúcar deve ser de, no máximo, 25 gramas. No entanto, a maioria das opções de achocolatado em caixinha ofertadas no mercado supera a marca. “Isso quer dizer que uma única caixinha do produto contém mais açúcar do que o recomendado como consumo máximo ao longo de um dia inteiro”, explica Karina.
Os achocolatados em versões enriquecidas com proteínas ou adoçados com stevia não passam impunes à recomendação de não haver consumo rotineiro. Embora mais saudáveis do que as versões tradicionais do produto, ambas as opções são consideradas alimentos com pouco valor nutricional.
“O consumidor precisa ficar atento aos ingredientes contidos no produto, pois, para compensar a ausência ou diminuição de algum componente, é acrescentada ou aumentada a quantidade de outro, de modo a manter suas características principais e o sabor”.
Opções mais saudáveis
Uma alternativa ao produto industrializado é que o consumidor faça seu leite achocolatado caseiro, misturando leite (pasteurizado e não UHT) com cacau em pó, se possível sem acrescentar açúcar. Caso não haja essa possibilidade, o ideal é escolher um açúcar menos processado e refinado, como o mascavo ou demerara. Outra opção é que o consumidor faça uma retirada gradativa do produto de sua alimentação diária, reduzindo o volume consumido e substituindo a bebida por preparações caseiras mais saudáveis, como leite batido com frutas.
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Redação iBahia
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