Um policial militar baiano ficou com uma dívida de mais de R$ 500 mil depois de ser internado às pressas na Suíça. Ele viajava com a esposa, em comemoração aos 17 anos de relacionamento, quando passou mal e acabou descobrindo um tipo raro de câncer.
O diagnóstico é para Leucemia Promielocita Aguda, que causa risco elevado de hemorragia e problemas de coagulação do sangue.
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"Ele estava praticamente sem células de defesa, linfócitos bem abaixo do normal. Naquele momento, ele não podia sair dali [hospital], porque qualquer infecção que ele pudesse adquirir, poderia não sobreviver", contou a esposa, Viviane Assis.
De acordo com César Brandão, os médicos informaram que se ele não iniciasse o tratamento com urgência, ele poderia não sobreviver. Por isso, não houve chance de retornar para o Brasil. Agora, o PM luta para pagar as despesas.
O baiano conta que era um sonho do casal e que se planejou por muito tempo para o passeio, que tinha ainda Alemanha, Espanha, França e Itália na rota. Os dois chegaram a fazer um seguro saúde, mas ele não cobriu os gastos médicos.
"É uma montanha russa, tem dias que estou muito bem, dias que estou muito mal. O sonho de todo trabalhador é conhecer outro país, conhecer outras culturas. Foi uma programação que veio de muitos anos, juntamos dinheiro, foi muito trabalho para organizar essa viagem", contou o PM.
Depois disso, a Justiça da Bahia concedeu uma liminar que obriga a seguradora a pagar todo o tratamento. Em caso de descumprimento, é previsto multa diária de R$ 100 mil.
A decisão também determina que o período de cobertura do seguro seja ampliado até a chegada do casal na Bahia. Nesse caso, a multa por descumprimento é de R$ 20 mil por dia.
No entanto, mesmo com a decisão, a dívida ainda não foi paga e só cresce. Além disso, o policial vai precisar de auxílio para custear o tratamento no Brasil. O hospital europeu afirmou que César precisa continuar com a mesma medicação que tem tomado lá, que não é garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A primeira escolha para o tratamento é usar o medicamento Trióxido de Arsênio, que custa entre R$ 9 e R$ 10 mil, cada a ampola. Em um mês, o policial gastaria pelo menos R$ 180 mil.
Por isso, amigos e familiares decidiram iniciar uma vaquinha, para ajudar o militar. Até esta terça-feira (16), foram arrecadados R$ 65 mil.
O projeto está disponível nas redes sociais do policial militar e da esposa dele, Viviane Assis. Jogadores do Esporte Clube Bahia, que é o time do coração do PM, e o cantor Luiz Caldas já apoiaram a causa.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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