Além do tamanho do documento, uma questão estética, relacionada ao pênis, que aflige a rapaziada, é a dificuldade dele em “olhar para a frente”, quando ereto. Esse desvio, na maior parte das vezes, é comum, afinal, nosso corpo não é simétrico, e muitos aspectos – às vezes até o jeito de colocar o pinto na cueca – podem influenciar na curvatura.
Mas segundo o urologista baiano Wagner Coêlho Porto, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), quando essa curvatura se acentua de repente, o caso pode estar associado a uma síndrome, que costuma atingir homens a partir dos 19 anos.
Trata-se da doença de Peyronie, que apenas em casos extremos costuma ser tratada cirurgicamente. “O grande problema da doença é que nos primeiros seis meses a um ano, quando o processo está se instalando, e que o pênis começa a ficar torto, o indivíduo sente muita dor. É por isso que você tem que deixar estabilizar, para não intervir num processo que pode voltar”, explica o médico.
A doença atinge cerca de 150 mil brasileiros por ano, e costuma ser identificada pelo próprio paciente. De acordo com o urologista, trata-se de uma doença autoimune da qual ainda não tem conhecimento da causa real, apesar de ter sido descoberta faz tempo. Foi em 1743 que o médico François Gigot de Peyronie descreveu, pela primeira vez, o aparecimento de tecido fibromatoso e cálcio na superfície que envolve os corpos cavernosos de um pênis na França.
Nos dias atuais, diz Côelho Porto, são três as possibilidades de tratamento. "Remoção da placa (fibrosa ou dos nódulos), correção do entortamento por meio cirúrgico ou, ainda, implante de prótese peniana", assinala.
Um dado curioso, citado no site da SBU, é que com o advento das drogas orais para a ereção (como viagra), os urologistas têm relatado um aumento da incidência da Peyronie, que afeta hoje até 3,5% dos adultos.
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Redação iBahia
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