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SAÚDE

Para homens de idade, sexo frequente pode fazer mal à saúde

Os resultados mostraram que idosos que praticavam sexo ao menos uma vez por semana foram mais propensos a passar por eventos cardiovasculares

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Redação iBahia

06/09/2016 às 10:44 • Atualizada em 27/08/2022 às 5:16 - há XX semanas
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ideia de que o sexo faz bem para a saúde é repetida como um mantra na nossa sociedade, mas uma pesquisa divulgada nesta terça-feira aponta que a assertiva nem sempre é verdadeira. Para pessoas da terceira idade, a prática sexual frequente pode trazer benefícios para as mulheres, com a redução dos riscos de hipertensão, porém, entre os homens, aumenta os riscos de ataques cardíacos e de outros problemas cardiovasculares. — Essas descobertas desafiam a suposição generalizada de que o sexo traz benefícios para a saúde uniformes para todos — disse Hui Liu, professora da Sociolodia na Universidade Estadual de Michigan, nos EUA, e coautora do estudo publicado no periódico “Journal os Health and Social Behavior”. Os pesquisadores analisaram dados de 2.204 pessoas participantes do National Social Life, Health and Aging Project, que tinham entre 57 e 85 anos na primeira coleta de dados em 2005. Outra etapa da pesquisa foi realizada cinco anos depois. Foram avaliados riscos cardiovasculares, como hipertensão, aumento da frequência cardíaca, elevação dos níveis da proteína C-reativa e eventos cardiovasculares: ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. Os resultados mostraram que idosos que praticavam sexo ao menos uma vez por semana foram mais propensos a passar por eventos cardiovasculares no período de cinco anos que os homens sexualmente inativos. — Nós encontramos que fazer sexo ao menos uma vez por semana coloca os homens de idade em risco mais de duas vezes maior de experimentar eventos cardiovasculares — disse Hui. — Além disso, os homens que achavam que o sexo com suas parceiras extremamente prazeroso e satisfatório tinham o risco ainda maior. MAIOR ESFORÇO PARA ALCANÇAR ORGASMO A explicação, diz a pesquisadora, seria a dificuldade maior para se obter prazer sexual, o que exigiria mais do organismo dos homens de idade. — Como homens de idade têm mais dificuldades para alcançar o orgasmo do que os jovens, eles devem exercer um grau maior de exausão e criar mais estresse ao sistema cardiovascular para alcançar o clímax — disse Hui. Os níveis de testosterona e o uso de medicações para melhorar as funções sexuais também podem exercer um papel nesta equação: — Apesar de as evidências científicas ainda serem escassas, é provável que as medicações sexuais ou suplementos tenham efeitos negativos sobre a saúde cardiovascular dos idosos — disse. Para as mulheres, o cenário foi oposto. As participantes que achavam o sexo extremamente prazeroso e satisfatório apresentaram menos riscos de desenvolver hipertensão cinco anos depois, em relação às mulheres que não praticavam sexo. Estudos anteriores sugerem que relacionamentos fortes e profundos são fonte importante de apoio emocional e social, o que pode reduzir o estresse e promover o bem estar psicológico, que se traduz em saúde cardiovascular.

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