Com o retorno das aulas presenciais cada vez mais perto de acontecer, é importante se preparar para manter a boa imunidade dos pequenos. Para te ajudar nesta tarefa, o nutrólogo Daniel Magnoni, chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, explica quais vitaminas e minerais não podem faltar na alimentação das crianças. Vale lembrar também que é imprescindível seguir todos os protocolos de segurança exigidos pelos órgãos competentes para evitar a transmissão da covid-19.
"Ter boa imunidade não significa estar totalmente imune à ação dos diversos agentes infecciosos existentes. Porém, a baixa imunidade impulsionada por déficit de vitaminas e minerais, principalmente nas crianças, deixa o corpo mais vulnerável a esses micro-organismos, além de dar sensação de cansaço e indisposição", explica o Dr. Daniel Magnoni.
A pandemia obrigou as famílias a fazerem diversas adaptações e as crianças foram as mais impactadas com esse novo momento, pois não entendiam por que não podiam mais sair de casa, brincar, ir à escola ou encontrar os amigos. "O isolamento causou alguns distúrbios alimentares nas crianças, pois a rotina cada vez mais atribulada dos pais acabou atrapalhando a manutenção de uma dieta saudável. Agora, é preciso recuperar esse tempo perdido e iniciar uma dieta rica em alimentos que forneçam as necessidades diárias das principais vitaminas e minerais" acrescenta o nutrólogo.
É importante ressaltar que os pais e responsáveis devem sempre buscar orientação médica para avaliar regularmente os níveis de nutrição das crianças e, quando necessário e indicado pelo médico, recorrer à suplementação. "Existem diversas opções para suplementação que vão desde soluções em gotas, xaropes e uma nova opção, as vitaminas em gomas, mais práticas para o público infantil, pois são mastigáveis, saborosas e com formatos divertidos", diz Dr. Magnoni.
Aliados da prevenção
Combinar diariamente vitaminas e minerais favorece o funcionamento do sistema imunológico tanto em adultos quanto em crianças, de acordo com as necessidades diárias de cada faixa etária. "Vitaminas D e E, e principalmente a C, e minerais como zinco e selênio devem estar presentes na alimentação", finaliza o nutrólogo.
Minerais
Selênio - Elemento essencial para o sistema imune, tanto inato quanto adquirido, com papel fundamental no equilíbrio de oxidação-redução e proteção do DNA. Atua como cofator de um grupo de enzimas que contribuem para proteger as células de dano oxidativo.
Zinco - auxilia no funcionamento do sistema imunológico, pois as células desse sistema contêm enzimas que precisam de zinco para funcionar. Auxilia na cicatrização de ferimentos e fortalecimento de unhas e cabelo.
Vitaminas
C - Solúvel em água, esta vitamina é muito importante na função dos leucócitos, que formam as defesas do organismo, por isso tem o papel de auxiliar com a imunidade e disposição.
D - Este hormônio foi classificado como vitamina e é sintetizado pela exposição à luz solar. É um importante regulador do sistema imune e auxilia com a absorção de minerais como o cálcio, fundamental na formação de ossos e dentes. Estima-se que 1 bilhão de pessoas no mundo tenham deficiência ou insuficiência de vitamina D.
E - Melhora a resposta imune celular e diminui a produção da prostaglandina E2 em idosos, que favorece infecções. É uma das vitaminas em que a suplementação em concentração acima da recomendada contribui positivamente com a função imune.
Referências
- Nutrição e imunidade no homem; Sandra Gredel
- Importância do zinco na nutrição humana; Denise Mafra e Silvia Maria Franciscato Cozzolino
- Vitamina D: Relação com a imunidade e prevalência de doenças; Bárbara Bernadete de Oliveira Brito, Roberta Xavier Soares, Taynara Abreu Alexandre, Milena Nunes Alves de Sousa e Umberto Marinho de Lima Júnior.
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Redação iBahia
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