Biologicamente impossível nos dias de hoje, a criação de um embrião a partir do material genético de três pais poderá ser uma realidade em dois anos. Pelo menos, é o que um estudo desenvolvido na Inglaterra prevê.
Chamado de substituição mitocondrial, o procedimento foi tema de um artigo publicado nesta semana pela HFEA (sigla em inglês para Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana). Basicamente, o que a nova técnica faz é permitir que mitocôndrias de uma segunda mulher sejam aproveitadas em processos de fertilização in-vitro.De acordo com Peter Braude, professor de obstetrícia e ginecologia do King's College de Londres, o procedimento evita também a transmissão de doenças hereditárias causadas por problemas nesta estrutura celular. Os cientistas extraem o DNA do óvulo da mãe e injetam esse material em outro óvulo - que previamente já teve seu DNA retirado, mas mantém suas mitocôndrias. Neste último óvulo, os espermatozóides são introduzidos e acontece a fecundação - que dá origem a um embrião com DNA formado a partir do material genético de um homem e uma mulher e mitocôndrias fornecidas por outra mulher. Ou seja, três pais.A técnica, no entanto, é considerada ilegal na Inglaterra pela questão ética envolvida e está sendo analisada pela autoridades americanas.
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