O embelezamento dos pelos púbicos — desde a depilação completa a cortes e aparações com desenhos, tinturas etc — é uma prática que se espalha nos EUA, e cerca de um quarto das pessoas que a adotarou relatou ter sofrido ferimentos no processo, mostra levantamento publicado nesta quarta-feira no periódico científico “JAMA Dermatology”, editado pela Associação Médica Americana. Segundo os pesquisadores, entender melhor como a depilação ou corte com fins estéticos dos pelos púbicos pode provocar machucados se torna importante diante da alta prevalência da prática.
Para o levantamento, os cientistas liderados por Benjamin N. Breyer, da Universidade da Califórnia em São Francisco, desenharam uma pesquisa via internet que fosse representativa da população dos EUA para coletar dados sobre comportamentos e atitudes relativos ao embelezamento dos pelos púbicos. Ao todo, 7.570 homens e mulheres completaram o questionário.
Segundo os pesquisadores, de 7.456 dos respondentes, 5.674 (76,1%) relataram já terem embelezado os pelos púbicos. E destes, 1.430 (25,6%) contaram terem sofrido algum tipo de ferimento no processo.
Ainda de acordo com o levantamento, lacerações (cortes) foram o ferimento mais comum, seguidas por queimaduras e irritações da pele. Os pesquisadores destacam que em 79 casos (1,4%) entre os 5.674 adotantes da prática, os ferimentos foram graves o bastante para que eles necessitassem de atenção médica.
A pesquisa também permitiu verificar que, tanto para homens quanto para mulheres, a frequência e o grau com que eles faziam o embelezamento pubiano, como a retirada total dos pelos múltiplas vezes, são fatores de risco para a ocorrência de ferimentos.
Os pesquisadores lembram, no entanto, que o estudo tem limitações, como a possibilidade de alguns dos respondentes não terem respondido ao questionário de forma sincera, já que a prática é um assunto sensível para alguns. Ainda assim, eles afirmam que “este estudo pode contribuir para o desenvolvimento de protocolos clínicos e recomendações para a remoção segura dos pelos púbicos”.
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Redação iBahia
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