Manter a saúde mental em dia não é uma tarefa fácil, principalmente com a correria do cotidiano. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em todo mundo, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as faixas etárias, etnia ou classe social, sofrem de depressão. Para mudar essa realidade, investir em exercício físico pode ser uma saída.
"A pessoa sedentária tende a expressar transtornos relacionados a autoestima, de autoimagem, além de aumento da ansiedade, estresse e maior risco de desenvolver males como o de Parkinson e Alzheimer. Dados epidemiológicos garantem que manter-se ativo gera menor risco de apresentar desordens mentais em relação às pessoas sedentárias", explicou o educador físico Lucas Serralheiro Cardoso.
A maioria das pessoas começa a se exercitar para melhorar sua saúde cardiovascular, ganhar músculos ou emagrecer, e embora, a prática de atividades físicas seja primordial para esses objetivos, há inúmeros benefícios psicológicos também. O especialista Lucas Cardoso cita alguns:
Felicidade – A prática de exercícios físicos promove a liberação de endorfinas, substância que produz sentimentos como felicidade e euforia, por isso, é altamente recomendável sua realização para os indivíduos que sofrem de ansiedade e depressão, visando a melhora na qualidade de vida;
Redução do estresse – A produção de nerepinefrina (noradrenalina) aumenta com a execução de atividades físicas, moderando a resposta do cérebro ao estresse. Além disso, também é liberado endorfinas, que ajuda a relaxar os músculos e aliviar a tensão;
Diminui a ansiedade - Os neurotransmissores liberados durante e depois da realização de exercícios auxiliam os indivíduos que sofrem de ansiedade e se sentirem mais tranquilos;
Melhora a memória e gera aumento da capacidade cerebral - O aumento da produção de células do hipocampo, gerado na prática de atividades físicas, regula a memória e aumenta a capacidade de aprendizagem, pois acontece o fenômeno denominado neurogênese, que é a produção de mais neurônios pelo cérebro e a maior interação entre eles;
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Previne o Desgaste Cognitivo – Conforme envelhecemos o risco de contrair doenças degenerativas como o mal de Alzheimer aumenta. A prática de atividades (principalmente entre 25 e 45 anos) ajuda a aumentar as substâncias químicas do cérebro que previnem a degeneração dos neurônios do hipocampo;
Melhora da qualidade do sono - A atividade física melhora a qualidade do sono e diminui a insônia. Pouco sono gera fadiga, alterações hormonais, aumento de peso, estresse, confusão mental, dor muscular, entre outros efeitos colaterais negativos. A liberação de hormônios que influenciam no ciclo sono-vigília faz com que o indivíduo tenha mais disposição para o dia a dia, o que favorece também a estabilidade do humor;
Desenvolvimento de habilidades emocionais – No esporte, assim como na vida, somos testados quanto aos nossos limites e capacidade de superação, além disso, a inclusão de uma rotina de exercícios promove a dedicação e a disciplina. Aprender a trabalhar esses aspectos ajuda as pessoas a lidarem melhor com os altos e baixos da vida;
Alivia os sintomas de transtornos mentais - Com a produção dos hormônios da felicidade em ordem, os sintomas de transtornos mentais como a depressão, ansiedade, síndrome do pânico, transtorno de déficit de atenção (TDAH), entre outros, tornam-se mais leves. No entanto, cabe ressaltar, que nesses casos, a atividade física é um complemento, não um substituto ao tratamento psicológico ou psiquiátrico.
Para finalizar, o especialista aconselhou que o ideal é que cada pessoa busque o esporte ou tipo de atividade que melhor atenda a sua rotina e proporcione mais bem-estar e qualidade de vida. Além disso, vale lembrar que janeiro é o mês oficial de conscientização sobre a saúde mental.
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Redação iBahia
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