A endometriose atinge, atualmente, cerca de 10% das brasileiras segunda a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os estudos ainda indicam que, o diagnóstico demora entre 7 e 9 anos para ser descoberto pela maioria das melhores.
Alguns dos sintomas da endometriose são cólicas menstruais intensas, dor e inchaço abdominal, sangramento nas fezes, diarreia ou prisão de ventre e dor na relação sexual. De acordo com radiologista da Clínica de Saúde e Imagem (CSI) e membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) João Rafael Carneiro muitas mulheres convivem com as dores e acreditam ser normais.
“Em outros casos, o médico pode não se aprofundar quando a paciente se queixa das dores e não pedir os exames necessários. Além disso, os exames de imagem que ajudam no diagnóstico e estadiamento da doença, seja ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética, precisam ser feitos por um radiologista treinado e acostumado a identificar a doença, senão o problema pode passar despercebido, sobretudo nas fases iniciais”, alerta.
Considerada uma das doenças da mulher contemporânea e também um problema de saúde pública mundial, a endometriose ocorre quando as células do tecido que reveste o útero (endométrio), em vez de serem expulsas durante a menstruação. Elas se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar, causando os sintomas inflamatórios e dores incapacitantes que afetam diretamente a qualidade de vida das mulheres.
Ainda segundo o especialista, a endometriose não tem cura, mas pode ser tratada e controlada ao longo da vida.
“O diagnóstico precoce é essencial para facilitar o tratamento e diminuir os riscos da doença se tornar mais grave com o passar do tempo. Apesar de muitas pacientes só descobrirem a doença quando se deparam com a dificuldade para engravidar, a endometriose não é sinônimo de infertilidade", conta.
João Rafael Carneiro explica que a realizam de exames ajudam na programação terapêutica e, consequentemente, no aumento de chances de engravidar.
"As estatísticas variam, mas de 5% a 50% das mulheres que têm endometriose apresentam dificuldade para conseguir uma gravidez. Porém, a realização dos exames corretos ajudam na melhor programação terapêutica e, dessa forma, aumento das chances de engravidar e gerar um filho”, destaca o radiologista.
Além disso, alguns hábitos podem diminuir o risco e o impacto da doença na vida da mulher, como controle do estresse, prática regular de atividades físicas e alimentação equilibrada, indica João Rafael.
“Observar os sintomas e conhecer o próprio corpo são atitudes que ajudam a perceber qualquer alteração, indicando a necessidade de voltar mais cedo ao consultório”.
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Redação iBahia
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