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SAÚDE

Dieta ruim na gestação pode estar ligada a TDAH em crianças

Estudo faz alerta para o consumo excessivo de açúcar e gordura na gravidez

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Redação iBahia

19/08/2016 às 12:53 • Atualizada em 30/08/2022 às 12:16 - há XX semanas
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O excesso de açúcar e gordura na alimentação da mãe durante a gravidez pode estar relacionado ao desenvolvimento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em seus filhos pequenos, de acordo com artigo publicado nesta quinta-feira pelo periódico científico "Journal of Child Psychology and Psychiatry". O estudo liderado por pesquisadores da King's College de Londres é creditado como o primeiro a indicar que uma dieta pouco saudável na gestação poderia estar relacionada a mudanças epigenéticas, variações não genéticas adquiridas durante a vida que podem ser repassadas aos descendentes, que levariam ao desenvolvimento de problemas de comportamento e DDA (Distúrbio de Deficit de Atenção). "Os resultados da pesquisa sugerem que adotar uma dieta saudável durante o pré-natal poderia levar a diminuição dos sintomas de DDA e de problemas de comportamento em crianças. Essa descoberta é animadora já que fatores nutricionais e epigenéticos podem ser alterados", explicou Edward Barker, coautor do estudo. Para o estudo foram comparadas 83 crianças com problemas de comportamento precoces com oitenta e uma com baixos níveis desses sintomas. Os pesquisadores analisaram como os hábitos alimentares das mães dessas crianças levaram a mudanças nas funções do gene IGF2, responsável pelo desenvolvimento fetal e cerebral de áreas como o cerebelo e o hipocampo, relacionados ao desenvolvimento de DDA. As mães que tiveram uma nutrição pré-natal deficiente, com alta ingestão de alimentos processados ricos em açúcares e gorduras foram associadas a maiores níveis de alteração do gene IGF2 em crianças que apresentaram os sintomas analisados. As mudanças na função do gene também foram associadas com o desenvolvimento de DDA em crianças com idades entre 7 e 13 anos, mas somente naquelas que já haviam apresentado sintomas precoces. Apesar das descobertas da pesquisa, Barker ressalta que pais de filhos com DDA não devem se culpar por causa do desenvolvimento dessa disfunção neurológica. Segundo ele, mesmo que potencialmente significativo, a dieta durante a gravidez é somente um fato para o desenvolvimento de DDA. "Agora precisamos analisar tipos de dieta mais específicos. Por exemplo, gorduras como o ômega 3, presente em peixes, oleoginosas e frango são extremamente importantes para o desenvolvimento neural. Já sabemos que suplementos nutricionais para crianças podem ajudar a diminuir sintomas de DDA, então é importante que pesquisas futuras examinem o papel das variações não genéticas nesse processo."

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