Na contagem regressiva para o Carnaval 2020, a apenas 10 dias do início da folia, você precisa se preocupar com a saúde íntima. Afinal, não adianta só a sobrancelha, o cabelo e a marquinha estarem ok.
De acordo com as ginecologistas e sócias da EMEG, Ana Cristina Batalha, Cristina Sá e Ticiana Cabral, nessa época do ano existe uma maior incidência de doenças, tanto as sexualmente transmissíveis, como infecções e doenças do trato urinário. “Banheiros públicos, vida sexual mais ativa e calor pedem uma atenção extra para evitar problemas na região íntima”.
Para evitar problemas, o ideal é adotar um kit básico para levar para folia, se alimentar bem, evita o excesso de carboidratos e abusar da hidratação. As especialistas listaram situações que merecem atenção redobrada no carnaval. Confira:
Doenças sexualmente transmissíveis
“As infecções sexualmente transmissíveis, chamas de ISTs são as mais comuns durante e no período após o Carnaval. Todas elas podem ser evitadas com o uso da camisinha”, comenta Ana Cristina Batalha.
HPV é a doença mais recorrente e se caracteriza por um vírus com mais de 120 subtipos, no qual, 40% causam verrugas genitais. “O perigo do HPV para a mulher é que a doença pode ocasionar vários tipos de câncer, como colo de útero. Não existe remédio para tratar o vírus, apenas os sintomas (verrugas). A melhor forma de evitar a contaminação é através do uso da camisinha que, ainda assim, não é completamente segura”. Além do HPV, doenças como sífilis e gonorreia também podem ser contraídas com o sexo sem proteção.
Sexo protegido
As ginecologistas reforçam que não adianta trazer orientações moralistas e sem efeito como “escolha com cuidado o seu parceiro”, porque “não é possível descobrir pela aparência se uma pessoa vai ou não te passar uma DST. Não dá para deixar de lado a camisinha, nunca. Tenha sempre preservativos na bolsa. ”, destaca Ticiana Cabral.
A médica ainda sugere um kit básico para evitar doenças e infecções com camisinhas, lenços de papel, lenços umedecidos e álcool em gel. “São itens essenciais para quem vai passar o dia inteiro fora de casa”.
Banheiros públicos
“São locais contaminados. Evite sentar diretamente nesses asentos ou encostar nas superfícies. Até o papel higiênico pode oferecer riscos já que pode conter partículas de água contaminada”, conta Cristina Sá.
Além do risco de contaminação pela água, a ginecologista indica que micoses, doenças de pele, infecções bacterianas e, mais raramente, o HPV, podem ser contraídos nesses ambientes. “Algumas mulheres costumam levar lencinhos na bolsa, utilizam protetores íntimos e hoje, ainda existem copinhos que ajudam as mulheres a fazerem xixi em pé, sem encostar nos assentos desses banheiros. Existem versões descartáveis, de papel, e também de silicone, para levar na bolsa”, destaca.
Nada de prender o xixi
Segurar a urina por muito tempo para conseguir ir a um banheiro pode ser muito prejudicial para a saúde íntima da mulher. Quanto maior o tempo prendendo, maiores as chances de provocar uma infecção urinária, pois é um meio que possui muitas bactérias”, explica Ticiana Cabral. “Além de segurar a urina, a pouca ingestão de água também favorece o aparecimento de doenças do trato urinário, por isso, beber água sempre é importantíssimo, principalmente no calor da festa”.
Sem abafamento
O calor prejudica bastante a saúde da vagina. “O abafamento, o suor e o atrito somado ao uso de roupas apertadas ou tecidos sintéticos podem desequilibrar a região íntima, tornando o ambiente propício para o aparecimento de fungos e bactérias nocivas a saúde, sobretudo a candidíase”, informa Ana Cristina Batalha.
“Lembrem-se nada de roupas molhadas, muito menos o compartilhamento de roupas, principalmente se forem roupas íntimas”, completou Cristina Sá.
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Redação iBahia
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