De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia, relatórios indicam que o coronavírus, causador da doença Covid-19, pode provocar conjuntivite, além de poder ser transmitido pelo contato com a conjuntiva, a membrana que reveste a parte interna da pálpebra.
Isso aconteceria devido ao hábito de coçar ou mesmo passar a mão nos olhos. “Se a pessoa toca um objeto contaminado pelo vírus, por exemplo, e depois passa a mão nos olhos, ela poderia se infectar. Essa é uma região de mucosa, uma área exposta, então o vírus pode ser absorvido por ali. Por isso, é importante usar proteção nos olhos também”, explica Dr. Tiago Ribeiro, oftalmologista do Visão Hospital de Olhos.
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Além disso, um estudo do New England Journal of Medicine sugere que se o indivíduo já estiver infectado com a Covid-19, ele terá, aproximadamente, 1% de chance de desenvolver conjuntivite associada ao vírus. “Essa é aquela conjuntivite viral que já gera sintomas muito parecidos com a gripe, como vermelhidão, ardência e um pouco de secreção ocular. Entretanto, um ponto de tensão para nós oftalmologistas é ainda não termos como diferenciar de conjuntivite viral comum”, comenta o médico.
Neste período de pandemia, a Academia Americana de Oftalmologia recomenda que, durante a consulta, os oftalmologistas investiguem se pessoas com conjuntivite apresentam também sintomas respiratórios. “Em caso de o paciente ter algum problema respiratório, a recomendação é orienta-lo a procurar um hospital”, destaca o especialista.
Dica para não sair de casa sem necessidade
Em tempos de quarentena, é normal apresentar algumas alterações oculares, tendo em vista que as pessoas estão passando mais tempo assistindo televisão ou mesmo olhando o celular. “Esse hábito, que parece inofensivo, pode provocar vermelhidão, dor nos olhos, ressecamento ocular, vista embaçada, entre outros problemas, que podem ser confundidos com conjuntivite”, esclarece o oftalmologista.
Desta forma, para não ir ao hospital sem necessidade, o médico aconselha a fazer compressas frias nos olhos para diminuir os sintomas. “Se o indivíduo não está com alterações visuais, é melhor tentar fazer essas compressas por um ou dois dias. Se não melhorar ou ele perceber problemas na visão ou dor ocular forte, aí sim já deve procurar uma emergência oftalmológica, que está funcionando normalmente”, conclui Dr. Tiago.
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Redação iBahia
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