— Se o tumor está localizado na cabeça do pâncreas, a doença normalmente se manifesta por icterícia, caracterizado por aquele amarelado nos olhos, com alteração na coloração da urina e das fezes, e coceira no corpo — aponta o médico Roberto de Almeida Gil, oncologista clínico da Oncoclínica, que completa: — Outros sinais da doença, quando ela se instala no corpo e na calda do pâncreas, são as dores na barriga e nas costas. Além disso, os pacientes apresentam emagrecimento muito rápido e até mesmo uma diabetes que surge de uma hora para a outra.
Assim como em outros casos de câncer, o diagnóstico precoce é sempre o ideal para se realizar o tratamento. É por conta da dificuldade de descobrir a doença cedo, que sua taxa de mortalidade é tão alta. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença, no Brasil.
Exame de sangue pode detectar
Por conta da localização “escondida” do pâncreas, que fica atrás de órgãos como o estômago, o diagnóstico da doença pode se dar por exames de sangue e imagem. Mas, a biópsia do tecido do órgão é o que determina a doença e sua gravidade.
— Para se pensar em cura, o ideal é que o paciente faça a cirurgia. Mas nas pessoas com a doença em estágio mais avançado é preciso quimioterapia — explica Frederico Muller, oncologista clínico do Hospital Fundação do Câncer.
Segundo o oncologista do Inca Cristiano Guedes Duque, nem sempre a cirurgia é o suficiente para a cura.
— Quando é possível realizar a cirurgia, é muito comum o câncer reaparecer.
Fatores de risco
Tabagismo: Quem faz uso do cigarro e seus derivados tem três vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas do que os não fumantes.
Excesso de bebidas alcoólicas: O consumo exagerado de álcool pode gerar uma inflamação no pâncreas, que pode evoluir para uma pancreatite e, depois, um câncer de pâncreas.
Má alimentação: O consumo em excesso de alimentos gordurosos, enlatados, altamente processados danificam o pâncreas.
Doenças crônicas: Pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes melitus, submetidas a cirurgias de úlcera no estômago ou no duodeno, que sofreram retirada da vesícula biliar, bem como com histórico familiar de câncer têm mais chances de desenvolver a doença
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Redação iBahia
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