Vai começar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Entre os dias 19 e 30 de setembro, os responsáveis devem levar as crianças na faixa etária de 1 ano e três meses até 4 anos e 11 meses para receberem a dosagem oral da vacina.
A neurologista e neurofisiologista Juliana Paula Macci ressalta os cuidados que devem ser tomados antes da imunização:
— As crianças que apresentam febre maior que 38 graus, quadro infeccioso agudo ou que estão imunocomprometidas, devem procurar um médico antes de tomar a vacina — alerta a especialista da Universidade Federal Fluminense (UFF), explicando as consequências:
— Com a imunidade baixa o corpo pode não reagir de forma eficaz. Consequentemente, a vacina não terá o efeito esperado e pode até piorar o quadro.
A expectativa, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio, é de que 295 mil crianças sejam vacinadas em todo o estado nesta campanha.
Contaminação pode resultar em paralisia
A transmissão da poliomielite é oral ou feita pela contaminação fecal de água e alimentos. Por isso, especialistas destacam a importância dos hábitos de higiene. Ainda assim, a vacinação é a forma atual mais eficaz para combater a doença.
— A prevenção é simples. Tem sempre que lavar os alimentos e as mãos, beber água filtrada, além de ter um tratamento de esgoto que funcione — enumera o infectologista Consuelo Silva de Oliveira.
A multiplicação inicial do vírus ocorre na garganta e no intestino. Em seguida se espalha pela corrente sanguínea e, então, infecta o sistema nervoso, onde a sua multiplicação pode ocasionar a destruição de células — neurônios motores —, o que resulta em paralisia flácida.
Fique por dentro de alguns desdobramentos da doença
SINTOMAS — A maioria das pessoas não manifesta sintomas, e quando os sinais da doença aparecem, eles geralmente são muito similares aos sintomas da gripe e de outras doenças virais leves ou moderadas.
DIAGNÓSTICO — Rigidez no pescoço, reflexos anormais, lentos ou inexistentes e dificuldade de deglutição e respiração.
COMPLICAÇÕES — Paralisia muscular temporária ou permanente, incapacidade e deformidades dos quadris, tornozelos e pés.
CONVIVENDO — Uso de analgésicos alivia dor, ventiladores auxiliam na respiração e exercícios evitam a perda de função.
REGISTRO — O último caso de poliomielite no Brasil foi em 1989.
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Redação iBahia
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