Bactéria que vem sendo usada no Brasil para ajudar no controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, a Wolbachia pode contribuir para diminuir os casos de febre amarela no país. Estudo recente mostrou que a bactéria está presente em mais de 60% dos insetos do Brasil, inclusive em pernilongos.
"A Wolbachia impede o Aedes de transmitir a dengue, a chikungunya e a zika, além da febre amarela. Com isso, o número de pessoas que podem ser infectadas diminui exponencialmente", explica o coordenador geral do projeto da FioCruz “Eliminar a Dengue”, Luciano Moreira. O pesquisador trabalhou na descoberta do método e foi responsável por trazê-lo ao Brasil.
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A bactéria bloqueia a transmissão dos vírus pelo Aedes Aegypti, uma proposta natural e autossustentável para evitar as doenças relacionadas ao mosquito. Dessa forma, os exemplares que contêm a bactéria ficam impedidos de contaminar qualquer ser humano.
Uma vez inseridos em uma determinada comunidade, os mosquitos continuam a transmitir a Wolbachia naturalmente para seus descendentes, dispensando a necessidade de intervenções adicionais e, consequentemente, diminuindo de casos das doenças.
Durante cinco anos, pesquisadores do programa “Eliminar a Dengue”’ alimentaram, na Austrália, uma colônia de mosquitos com Wolbachia, resultando em centenas de milhares de picadas de mosquitos na equipe sem que fossem detectadas reações.
"Foram realizados diversos testes de segurança durante a pesquisa na Austrália e não foram encontrados indícios de reações em seres humanos. É um método 100% seguro, que não oferece nenhum risco", conclui.
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Redação iBahia
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