A alta corte religiosa da Arábia Saudita reeditou uma fatwa (decreto islâmico) de 2001 segundo a qual a franquia "Pokémon" é anti-islâmica, segundo informou a mídia estatal do país nesta quarta-feira. O decreto, porém, não citou o jogo de realidade aumentada "Pokémon Go", que se tornou uma febre mundial desde seu lançamento, no último dia 6, nos EUA. Desde então, o jogo chegou a dezenas de outros países e deve estar acessível para brasileiros nos próximos dias. O Secretariado Geral do Conselho de Acadêmicos Religiosos comunicou que reeditou o decreto de 2001, criado na época para responder a questionamentos de muçulmanos. Segundo os clérigos, as mutações dos personagens no jogo, que recebem poderes especiais, representam uma blasfêmia por promover a teoria da evolução natural. "É escandaloso que a palavra 'evolução' esteja tão presente nas línguas de crianças", afirma a fatwa reeditada. O decreto também diz que o game tem outros elementos proibidos pela Lei Islâmica, incluindo "politeísmo contra Deus por multiplicar o número de divindades, e jogatina, que Deus proíbe no Corão". A fatwa acrescenta que os símbolos usados no passatempo da Nintendo promove xintoísmo, cristiandade, maçonaria e outras crenças. Na conservadora Arábia Saudita, país onde estão situadas as cidades sagradas de Meca e Medina, cinemas são proibidos e esportes femininos são criticados como algo que promove o pecado. O governo considera a era antes do Islã como uma idade da ignorância (a religião surgiu no século VII).
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Redação iBahia
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