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Primeira vacinada contrai covid-19 antes de tomar a segunda dose

Nesta terça-feira (23), a profissional de saúde está internada no Instituto Couto Maia, em Salvador,

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Redação iBahia

23/02/2021 às 12:40 • Atualizada em 27/08/2022 às 8:16 - há XX semanas
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A enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, de 53 anos, primeira pessoa a ser vacinada contra o novo coronavírus na Bahia, contraiu covid-19 antes de tomar a segunda dose do imunizante. As informações são do G1 Bahia.

Nesta terça-feira (23), a profissional de saúde está internada no Instituto Couto Maia, em Salvador, e possui um quadro de saúde considerado estável.

Em entrevista ao G1 Bahia, a médica infectologista Ceuci Nunes, diretora geral do Couto Maia, explica como foi possível que Maria Angélica tenha se contaminado mesmo após ter tomado a primeira dose da vacina.

"O que aconteceu com Angélica é que ela pegou a doença após a primeira dose, mas antes da segunda dose. Ela ia tomar a segunda dose no dia 16 e, entre 12 e 13, começou a sentir um mal estar. Ela está bem, está usando pouco oxigênio, mas quando se movimenta fica um pouquinho desconfortável, por isso ela está sendo mantida ainda no hospital", explicou Ceuci ao G1.

Ceuci explicou ainda que, para que o imunizante atinja a eficácia máxima, é necessário que a pessoa tome as duas doses e respeite a 'janela imunológica'. Este período compreende ao tempo que o corpo leva para produzir os anticorpos da vacina.

"Não é à toa que a vacina são duas doses. Todas as vacinas, até o momento, a exigência é de duas doses. Exatamente porque na segunda dose se faz um reforço, aumenta a proteção. Claro que algumas pessoas já vão ter a proteção após a primeira dose, mas essa proteção pode não ser suficiente e a segunda dose é necessária".

Apesar de casos com o da enfermeira serem pontuais, ainda não há vacina 100% eficaz contra o novo coronavírus. Ou seja, mesmo que a pessoa seja vacinada, ela pode contrair covid-19.

Maria Angélica, primeira vacinada da Bahia, recebeu o imunizante CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e que é fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan.

A vacina tem índice geral de eficácia de de 50,38%, o que significa que o risco de pegar Covid-19 foi reduzido em 50%.

A CoronaVac reduz 78% dos casos leves de exigirem internação e, nenhum dos vacinados, ficou em estado ou morreu por causa da covid-19.

"Geralmente [a janela imunológica é de] no mínimo 15 dias. Para a vacina de Covid, a gente está falando de 20 dias depois da segunda dose, para você considerar que tem proteção. Mas é importante também a gente reafirmar que a gente não sabe se a vacina protege da infecção. Mesmo a pessoa vacinada, ela pode adquirir o vírus, não adoecer e transmitir. Isso é uma possibilidade que ainda não foi completamente afastada", pontuou a infectologista.

"É importante que, mesmo as pessoas vacinadas, mantenham as medidas de proteção, de distanciamento e uso de máscara, até que a gente tenha 60 a 70% da população vacinada", ressaltou Ceuci.

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