Cinco pessoas foram presas em flagrante suspeitas de aplicar o "golpe do falso consórcio" de imóveis em Salvador. De acordo com a Polícia Civil (PC), as prisões ocorreram na terça-feira (25), após a denúncia de um influenciador digital que foi vítima do golpe. Ele comprou um apartamento que nunca foi entregue.

A empresa já estava sendo monitorada pela Delegacia de Defesa do Consumidor há meses, com 120 ocorrências registradas contra ela. O prejuízo das vítimas varia entre R$ 5 mil e R$ 1 milhão.
Leia também:
O influenciador, que optou por não se identificar, relatou à polícia que mantinha contato com a dona da empresa há cerca de um ano. Durante esse período, ele visitou imóveis e fez repasses financeiros, mas nunca recebeu a documentação do suposto imóvel adquirido.

Após a denúncia, a polícia se dirigiu até o escritório da empresa, localizado no bairro do Itaigara, onde a dona da empresa e outros 10 colaboradores foram levados para a delegacia. No entanto, apenas cinco deles foram presos sob suspeita de propaganda enganosa, estelionato e organização criminosa. Além disso, há indícios de que o grupo também praticava lavagem de dinheiro.
No local foram apreendidos:
- R$ 17 mil em dinheiro;
- R$ 1 mil em dinheiro;
- 2 pen drives;
- 1 automóvel Ecosport;
- 1 automóvel T Cross;
- Caixa contendo diversos contratos de consultoria financeira;
- Diversos cadernos de anotações;
- 14 carregadores de notebook;
- 07 celulares;
- 15 notebooks;
- 3 máquinas de cartão de crédito;
- 11 CPUs.
Modus operandi dos suspeitos de aplicar o "golpe do falso consórcio"
O influenciador digital entrou em contato com a empresa no final de 2023, após procurar imóveis na internet. Embora já fosse proprietário de um imóvel na capital baiana, ele desejava se mudar para um apartamento mais confortável.
O primeiro contato com os funcionários da empresa foi feito por meio de um aplicativo de mensagens. Ele foi convidado a conhecer a sede da empresa, localizada no Itaigara, e a visitar dois apartamentos, situados na Boca do Rio e no Imbuí.
"Eu visitei o apartamento, fechei negócio e dei entrada. Comecei a desconfiar porque o imóvel não era liberado, a chave nunca era entregue, sendo que já estava praticamente quitado", contou ao g1.
O imóvel escolhido fica na Boca do Rio e tem piscina, churrasqueira e área gourmet. O influenciador não sabe se vai conseguir ressarcir o valor pago pelo apartamento.
Outros clientes vítimas do golpe foram enganados com o mesmo modus operandi:
- O grupo agia cooptando clientes pela internet, através de sites do tipo OLX, oferecendo imóveis que não existiam.
- Quem se interessava pelos imóveis, era convidado a ir até a sede da empresa. Lá, os suspeitos davam orientações sobre a compra.
- As vítimas também visitavam os supostos imóveis e realizavam repasses financeiros, sem nunca receberem comprovação de documentos que confirmassem a negociação do bem.
- O grupo criminoso era estruturado e hierarquizado, com foco na prática de crimes de estelionato contra consumidores.
- De acordo com o influenciador, o grupo criminoso também simulava contatos com o banco.

Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
