Geraldo Júnior, candidato à Prefeitura de Salvador pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi entrevistado na manhã desta sexta-feira (16) durante a sabatina da Central de Eleições da Rede Bahia. Ele afirmou que, se eleito, planeja reestabelecer as linhas de transporte público rodoviário da cidade e contratar 300 equipes de saúde da família para trabalhar nas unidades municipais.
Geraldo foi o quinto candidato entrevistado na série do g1, TV Bahia, iBahia e plataformas digitais da Bahia FM com os candidatos à prefeitura de Salvador. A ordem das entrevistas foi estabelecida através de sorteio. As sabatinas são realizadas ao vivo, entre 12 e 19 de agosto, às 9h30, com transmissão no iBahia e no g1 Bahia.
Leia também:
Durante a sabatina, o candidato, que é vice-governador da Bahia, falou sobre a mobilidade urbana de Salvador. Para ele, as administrações municipais dos últimos 12 anos causaram a deterioração do transporte público rodoviário. Ele afirma que isso resultou na redução das linhas de ônibus e na degradação dos veículos, que estão sujos e sem ar-condicionado. Além disso, Geraldo Júnior criticou o sistema Bus Rapid Transit (BRT) de Salvador, chamando-o de o menor e mais caro do país, com estações e veículos frequentemente vazios.
"As pessoas não usam o BRT, porque não conseguem chegar no BRT. Nós vamos reestabelecer as linhas de ônibus. Nos três primeiros meses de governo, vamos reestruturar o transporte rodoviário dessa cidade, integrar os bairros com os modais", afirmou.
Ao discutir a questão da saúde, o candidato avaliou que as 372 equipes de saúde da família nos postos municipais são insuficientes. Geraldo acredita que é necessário quase dobrar esse número, contratando 300 novas equipes. Com esses profissionais adicionais, ele visa universalizar o sistema de saúde em Salvador e expandir a cobertura na cidade. Para implementar essa proposta, o candidato mencionou que contará com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Já está garantido com o Governo Federal, com o presidente Lula. Essa é a maior garantia, o presidente nos permitiu colocar [a medida] no nosso plano de governo. Tenho um líder nacional que é o presidente Lula e um líder estadual que é Jerônimo Rodrigues", afirmou.
O candidato também comentou sobre a alteração em sua autodeclaração racial. Em 2016, 2020 e 2022, quando concorreu a cargos eletivos, Geraldo Júnior se identificou como pardo, mas neste ano mudou sua declaração para branco na Justiça Eleitoral. Ele justificou a mudança dizendo que sua nova perspectiva lhe fez perceber que sempre se comportou e desfrutou dos privilégios típicos de uma pessoa branca na sociedade.
"Falei aqui na revisão de conceitos, de pensamento. A gente precisa reescrever uma história. No Departamento de Polícia Técnica, eu estou classificado como pardo. Mas a sociedade civil sempre me encarou como branco. Eu sempre tive um comportamento como branco (...). Eu posso dizer sim que tenho a sensibilidade para discutir as questões raciais. Nunca sofri preconceito pela questão racial (...)", disse.
A entrevista foi comandada pelos jornalistas Fernando Sodake (TV Bahia), Jade Coelho (g1 Bahia), Iamany Oliveira (iBahia) e Emmerson José (Bahia FM). Na segunda (19), será a vez de Victor Marinho (PSTU).
Pinga fogo
No final da entrevista, o candidato se posicionou sobre questões como a redução da maioridade penal e o uso de câmeras nos uniformes dos policiais militares. Confira as respostas:
- Redução da maioridade penal pra 16 anos: contra;
- Uso de câmeras no fardamento da Polícia Militar: a favor;
- Foro privilegiado para políticos: contra;
- Concessão ou privatização de empresas públicas: contra;
- Militares em cargos executivos: a favor;
- Cotas nas universidades públicas: a favor;
- Legalização da maconha: contra;
- Prisão da mulher em caso de aborto: contra;
- Adoção de crianças por casais homoafetivos: a favor.
Como foi a entrevista com Geraldo Júnior, candidato à Prefeitura de Salvador pelo MDB
Por que quer ser prefeito?
"Esse não é um projeto de ordem pessoal. Eu fui quatro vezes vereador da cidade de Salvador. Duas vezes presidente da Câmara. Quando poucos acreditavam em uma vitória da eleição de 2022, e olhe que eu estava em uma zona de conforto. Em 2022, quando estava na condição de presidente da Câmara Municipal da nossa cidade, já na condição redimental antecipada (...). Mas eu sempre disse que eu tenho o sonho de governar essa cidade. Me tornei vice-governador do Estado da Bahia.
Salvador é marcada por tantos problemas, mas o que mais marca Salvador são as desigualdades sociais, urbanísticas, econômicas, e nós temos ouvido as pessoas. Eu e Fábia Reis. Nós estabelecemos 18 programas de governo nos territórios da cidade. Nós estabelecemos 18 pensar Salvador. Nós acolhemos manifestações da sociedade civil, dos movimentos sindicais, dos segmentos empresariais. Ouvindo a particição das pessoas, fizemos dez temáticos nos territórios. Dez territoriais e oito temáticos discutindo a cidade.
Nós entendemos que dá pra fazer diferente. Salvador não pode ser mais a capital da desnutrição infantil. Salvador não se permite mais ser a capital da desocupação. Salvador não se permite mais ter uma atenção primária de péssima qualidade. Nós entendemos que as pessoas querem continuar sonhando (...). Salvador mais inclusiva, mais participativa e menos desigual".
Foi aliado de Bruno Reis. O que mudou? Como é concorrer com alguém que foi um grande aliado?
"Eu não tenho inimigos na política. Eu apenas tomei uma decisão político-partidária. E de foco para um pensamento que é de ordem nacional. É na Bahia e terá que ser em Salvador. Em 2018, acompanhamos o processo político sob a orientação de um grupo político. Em 2022, tanto eu quanto meu partido tivemos a oportunidade de reestabelecer a democracia no país. Houve uma ameaça da democracia do ex-presidente da República. O meu partido foi decisivo nacionalmente (...). E aqui na Bahia eu e Jerônimo Rodrigues, onde as apostas não tinham uma linha direcionada para a nossa vitória (...). Eu precisava fazer isso. A cidade esperava de mim isso. É pensar conceitos. Repensar posições. Essa campanha eu e o atual prefeito da cidade será no mais alto nível. Nós não vamos estabelecer discussões de ordem pessoal, personalíssimas. Nós vamos discutir a cidade. Eu quero discutir a mobilidade urbana. Eu quero discutir o transporte público. Eu quero discutir porque não tem creches na cidade. E nós vamos fazer isso (...).
Nós queremos discutir políticas públicas para Salvador. Nós queremos discutir políticas públicas sociais. Nós queremos uma cidade menos desigual. Nós queremos uma cidade mais participativa. Nós queremos uma cidade que reestabeleça o transporte público rodoviário. Nós queremos discutir aquilo que é mais importante, que é a vida das pessoas. Nós queremos modificar a vida das pessoas. As pessoas querem esperança (...)".
Qual a sua relação com a família Bolsonaro? Ainda existe?
"Em 2018, eu pertencia a um grupo político. Isso é marcado na minha vida profissional, pessoal, como advogado, mas, acima de tudo, na minha vida política, por dois estigmas, que são positivos, duas linhas. Primeiro a lealdade, segundo a coerência. Eu participava de um grupo política e, infelizmente, em 2022, eles não definiram isso e perderam as eleições. Porque tentaram ficar em cima do muro. Não se definiram se era o presidente Lula, ou o presidente Jair Bolsonaro. E todos sabem que o ex-prefeito da cidade e o atual prefeito eles são bolsonaristas e decidiram agora. Receberam o apoio do presidente Jair Bolsonaro e do partido PL (...). Em 2022, eu tive a oportunidade de repensar conceitos e repensar valores. Quem fica no mundo com o coração e a mente no mundo não avança, não prospera (...). Houve uma ameaça à democracia, que não se concretizou (...).
Sábado eu estive em Brasília e o presidente Lula reafirmou a minha candidatura, eu e Fábia Reis (...). Hoje está polarizado em Salvador (...). Eu conquistei a esquerda, em 2022, quando nós ganhamos as eleições. Esse é um fato superado. Eles tentam, a oposição, trazer esse tema. Mas não vão prosperar, não vão vencer. Eu tenho uma ótima relação com a esquerda (...). Nós tomamos decisões coletivas (...)".
Sente falta de um apoio mais robusto de Lula?
"No último dia 2 de julho, o presidente Lula declara apoio à nossa candidatura (...). Eu não posso cobrar do presidente apenas que tenha um olhar diferenciado para a cidade do Salvador. Porque nós temos que, assim como fizemos na eleição nacional e estadual, nós vamos fazer nas municipais, que é praticamente uma etapa das eleições de 2026. Nós temos o apoio do presidente Lula. Eu sempre converso com o presidente Lula. Eu sempre que posso converso com o vice-presidente Geraldo Alckmin. E ontem nós tivemos a oportunidade de falar quase 1h30 com a presidente Gleisi Hoffmann e com o ministro Márcio Macedo (...). Nenhuma capital pode caminhar com as próprias pernas. Nós temos, prefeito, o pacto federativo. O pacto social. As pessoas não sabem: 41,75% do orçamento dessa capital é advindo de repasses federais e estaduais (...)
Haverá uma coordenação de campanha, de agenda de campanha. Haverá uma reunião essa semana de orientação, de fluxo, de rotina (...). E eu tenho certeza que o presidente sempre que puder estará aqui na Bahia, estará em Salvador, em Região Metropolitana (...), porque as pessoas querem esperança".
Plano de governo ainda não está publicado no TSE. Porque ainda não tinha divulgado?
"Nós protocolamos ontem. Está aqui disponível o nosso programa de governo (...)".
Mudança na autodeclaração de raça
"Falei aqui na revisão de conceitos, de pensamento. A gente precisa reescrever uma história. No Departamento de Polícia Técnica, eu estou classificado como pardo. Mas a sociedade civil sempre me encarou como branco. Eu sempre tive um comportamento como branco. E não vou fazer o que tentou fazer o ex-prefeito da cidade (...). Eu posso dizer sim que tenho a sensibilidade para discutir as questões raciais. Nunca sofri preconceito pela questão racial (...)".
Problemas de mobilidade no Subúrbio
"O prefeito da cidade, irresponsavelmente, junto com o ex-prefeito, faliu nos últimos 12 anos o transporte público rodoviário da cidade do Salvador. Ônibus sujos, ônibus sem ar-condicionado, tirou 134 linhas de ônibus da cidade. Tirou 700 ônibus - ele e o ex-prefeito - da cidade. Trouxe um BRT - o mais caro do país, e o menor do país. Que não tem passageiros (...). Porque não tem linhas de ônibus que faça a integração dos bairros com os modais. Não tem linhas de ônibus que alimente o BRT (...). E as pessoas disseram: 'o que você vai fazer se ganhar a Prefeitura? Você vai acabar o BRT?'. De forma alguma. Um investimento de R$ 1 bilhão, que não foi planejado, em uma área nobra da cidade. Não se avaliou as áreas mais populosas para levar o BRT. As pessoas não usam o BRT porque não conseguem chegar no BRT. A nossa proposta de governo é reestabelecer as linhas de ônibus.
O prefeito tentou fazer uma confusão aqui e no debate numa emissora de televisão falando que houve uma recomendação do governo do estado para que ele tirasse as linhas. Ele fez duas confusões: prmeiro, eu não entendi porque um prefeito recebe uma determinação de um governo do estado; segundo, como é que o prefeito traz uma informação equivocada? Nós não estamos falando das linhas de ônibus que são concorrentes do mesmo corredor do metrô. Porque, lógico, as pessoas vão optar pelo metrô. Eu tô falando de 134 linhas (...).
Nós demos a ordem de serviço do VLT. Um VLT que vai ligar ali a Calçada ao Subúrbio Ferroviário. Vai ligar a Calçada a Ilha de São João. Vai ligar de Paripe a Águas Claras. Vai ligar de Águas Claras e vai comunicar com Piatã, Patamares, Itapuã. Só que o prefeito desrespeitosamente diz que o governador é mentiroso. Mas todos os dias o prefeito pede uma demanda, uma diligência, para ser cumprida. Prefeito, eu tô fazendo um apelo: pega todas as diligências para que o senhor possa dar o alvará do VLT. Um VLT que vai ajudar a cidade. Vai comunicar a cidade (...). O presidente Lula já me garantiu, já botou no PAC, que nós vamos trazer o modal do VLT, que vai ligar ali a Conceição da Praia a Penísula de Itapagipe, tão mal explorada (...). Nós vamos ligar os modais da cidade. Vamos trazer mais esse VLT, vamos comunicar a cidade antiga (...), que precisa ser comunicada com a Cidade Alta e a Cidade Baixa (...). O VLT e os modais vão fazer isso. Estou garantindo que nos 3 primeiros meses de governo nós vamos reestruturar o transporte rodoviário nessa cidade. Nós vamos integrar os bairros com os modais. Nós vamos comunicar (...).
Agora não podemos esquecer que tem um transporte público que tem que tar casado com o transporte particular (...)".
Como vai financiar o novo VLT?
"O VLT é uma forma de comunicar a Calçada ao Subúrbio Ferroviário. Quando você traz um modal, você não traz apenas um transporte para transportar as pessoas. Você está gerando renda, gerando economia, está valorizando os imóveis da região, está abrindo os holofotes para a Baía de Todos-os-Santos (...). Esse VLT é garantido pelos recursos do governo federal, não apenas ligando o Centro Histórico. Estamos falando da Cidade Antiga (...). É um modal que já tem uma garantia do PAC dos recursos, e logicamente terá contrapartida do nosso governo, da gestão municipal, mas que irá comunicar a cidade, integrar as pessoas. Nós faremos isso através de teleféricos, dos transportes já existentes. Comunicando a Cidade Alta da Cidade Baixa. Comunicando a Cidade Antiga, com a cidade da periferia (...)
Não dá pra discutir mobilidade urbana e não incluir a Região Metropolitana (...). Nós vamos trazer os chamados Parques da Paz, parques verdes, para dentro dos centros mais populosos da cidade (...). A gente quer que as pessoas se sintam partícipes (...). A gente que que esses Parques da Paz sejam um elemento nato de uma secretaria que nós vamos criar: uma Segurança de Segurança Cidadã e da Defesa Civil (...). Vamos ter a utilização desses instrumentos para estabelecer as políticas sociais, mas também econômicas e de desenvolvimento. Tudo isso casado com a economia solidária, criativa e circular".
Educação infantil e creches
"Salvador não tem creches. A cada três crianças, duas estão sem creches em Salvador. Existem 66.865 crianças aguardando creche em Salvador (...). Se não fossem as creches comunitárias, nós estávemos perdidos (...). Nós já mapeamos a cidade, nós vamos trazer - em parceria com o governo federal. O presidente Lula garantiu a construção de 15 novas creches. Vamos trazer 10 escolas em tempo integral (...). Vamos, além de trazer essas creches, vamos fortalecer as ações das creches comunitárias (...).
Nós temos 15 territórios da cidade, um deles ali da região dos Alagados, temos São Tomé de Paripe, Alto da Terezinha, Mirante de Periperi, Congo. Essas são áreas emergenciais que precisam receber o acolhimento social".
Como reduzir a pobreza na cidade?
"Salvador perdeu a liderança econômica do Nordeste para Fortaleza. Salvador saiu da 9ª posição nacional e foi para a 14ª. Salvador é a capital do Nordeste de maior endividamento. Disse que Salvador está na 4ª e na 5ª posição de endividamento nacional. Falei a vocês que um pouco mais de 30% dos empréstimos que o prefeito toma através de autorização legislativa é utilizado na capital. 256 mil pessoas aguardam uma carteira assinada para ter uma vida melhor (...).
Salvador não pode ser só de festa, não pode ser só de Verão. Salvador tem que ser para todas as estações. Falei a você que nós precisamos movimentar a economia do mercado informal (...). Salvador decresce no oferecimento de serviço. Nós temos a indústria sem chaminé (...). Aqui tem 270 favelas que o prefeito desconhece (...). Nós temos que trazer uma política de incentivo fiscal. Aqui não há redução do TFF (...)".
Desemprego
"Nós temos que sentar para conversar sobre políticas públicas da cidade. A geração do emprego e renda é uma obrigação de todos. Quando o prefeito cruza os braços para falar da segurança pública, nós não vamos cruzar os braços para falar sobre emprego e renda e geração da economia. Nós temos que ter a responsabilidade (...). Às vezes, a gente oferece o trabalho, e falta a capacitação. Não adianta você oferecer o trabalho, se você não gera oportunidade. Nós temos que trazer um política de geração fiscal em Salvador (...). Estou garantindo no nosso programa de governo que não terá aumento de impostos, não terá aumento de IPTU (...). As pessoas estão inquietas, não aguentam mais (...)".
Políticas de assistência social e moradias de risco
"Nós, através do PAC, estamos dando uma solução de macro e micro drenagem para não ter mais alagamentos. Salvador não tem como caminhar sozinha (...). Existem em situação de rua 8.351 famílias. Existem 9.469 pessoas que estão em situação de rua (...). Vamos trazer mais 11 centros POPs que são centros de acolhimento. Não é apenas cuidar dessas pessoas, dar alimento a essas pessoas (...). Existem pessoas que estão na insuficiência alimentar. As pessoas não sabem o que é passar fome (...). Nós vamos lutar por essas políticas sociais. Nós vamos lutar pelos Centros de Referência da Assistência Social que estão defasados na cidade de São Salvador (...).
Assistência social é um tema extremamente importante. Não pode 400 famílias estarem morando em locais indignos e insalubres (...). Política de assitência social é destaque no meu plano de governo".
Geração de emprego para mulheres
"A desocupação a maioria são mulheres negras. As chamadas mães solo. Mães solteiras. Nós precisamos estabelecer uma política com ações transversais de governo. Não dá pra pensar geração de emprego isolada, se você não pensar em ter uma creche, para que essas mães possam ter onde deixar os seus filhos. Você não pode pensar em emprego, se você não cuidar na atenção básica. Na atenção primária de Salvador (...). Não tem médicos especializados.
Cuidar nas mulheres é cuidar da vida. Cuidar da vida, é cuidar das crianças. Cuidar das crianças, é cuidar da geração de emprego em renda (...). Aqueles que ajudam a gerar emprego e renda, a movimentação da economia, eles que estão aí nos bastidores, a devolução dessa riqueza não vem na proporcionalidade. E nós temos que pensar em políticas públicas nessa sorte (...)".
Programa de incentivo fiscais a empreendedores individuais e micro e pequenas empresas
"Nós vamos fortalecer as políticas do empreendedorismo, dos microempreendedores, das empresas de pequeno porte (...). A abertura dessas empresas receber o suporte da redução do pagamento do TFF. Eu estou falando também dos profissionais liberais também (...). Essa política de abertura de novas empresas, você faz o atrativo das pessoas saírem da informalidade. Isso que é o desenvolvimento econômico".
Contratação de equipes de saúde da família em Salvador
"Nós vamos criar com o governo federal 300 equipes de saúde da família (...). Os postos de saúde de Salvador eles só tem uma cobertura de 50% (...). Nós 372 equipes de saúde da família. Nós precisamos de mais 300 equipes para universalizar o sistema de saúde em Salvador (...). O presidente nos permitiu colocar no nosso plano de governo as creches, as contratações (...)".
Política ambiental da atual gestão começou quando você ainda é aliado do atual prefeito. Você não é parcialmente responsável por essa condução adotada pela Prefeitura?
"Eu fiz uma pergunta ao prefeito: o que o ex-prefeito e você fizeram com o meio ambiente da cidade? Quantas áreas verdes foram vendidas? Ali, onde está o BRT, foram devastadas árvores e mais árvores da cidade (...). As poucas áreas verdes da cidade estão vendidas. O que eu fiz enquanto presidente da Câmara Municipal do Salvador e repito. Presidente da Câmara não vota. Presidente da Câmara coloca o projeto para votar. Tanto nesses temas, quanto nos temas da saúde e do transporte público eu segurei até quando não pude com o chanado Regimento Interno da Casa e Lei Orgânica do Município (...).
Nenhum projeto do Executivo Municipal foi aprovado nessa casa sem a participação dos vereadores. Os vereadores emendaram os projetos, inclusive do meio ambiente. E eu tenho a consciência: dos projetos que coloquei para tramitar, com as emendas, todos os fins eram pra fins sociais. Se a distorção e o encaminhamento foi diferente do que aí está... E, graças a Deus, nós temos um judiciário baiano que se respeita. E a maioria dessas desafetações foram barradas pelo judiciário e estão em discussão pelo judiciário.
E o desafio: eu quero aqui estabelecer uma política de discussão e debate com o prefeito para estabelecer o que está no meu programa e no dele, de sustentabilidade. Eu sou a favor do desenvolvimento econômico, mas com sustentabilidade. Com segurança econômica, e com políticas fiscais e tributárias. Políticas de apoio financeiro".
Turismo
"Nós precisamos fortalecer o turismo. É muito importante o turismo no verão e nas festas populares, mas a gente precisa estender o calendário de festas e da cultura em Salvador. Quando eu digo estender, não são apenas festejos populares - e precisamos fortalecer os festejos religioso (...). Precisamos fortalecer a relação com os evangélicos, os povos de matriz africana (...). Fortalecer essas ações no Subúrbio Ferroviário (...). Eu dei uma autorização de R$ 25 milhões para o Parque de Pituaçu (...). É importante fortalecer a orla, mas não esquece das praias de Plataforma, de Paripe, não esquece do povo (...). Vamos fortalecer o turismo e as atividades econômicas desses empresários também (...)".
O que fazer com o Centro de Convenções antigo?
"Como vice-governador, já aparelhado com a Casa Civil, na próxima semana nós teremos uma reunião e nós vamos dar um desdobramento para o antigo Centro de Convenções. Me comprometo dizer a solução para aquela questão (...).
Nós precisamos tornar Salvador o destino final para eventos internacionais. Nós temos voo direto para o Chile, para Buenos Aires, para Portugal. Vamos ter para Polônia. Vamos ter direto para Paris. Para que a gente traga esse turismo internacional e possa desaguar na periferia (...)".
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!