Uma das principais reclamações dos usuários de smartphones é sobre a duração da carga das baterias e o longo tempo necessário para o recarregamento. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de Waterloo usaram a nanotecnologia para melhorar os supercapacitores e, dessa forma, abrir caminho para a criação de dispositivos eletrônicos que se recarregam em segundos.
Os supercapacitores são usados há anos em diversas aplicações na indústria, por oferecerem carregamento rápido e ciclos de carga e recarga praticamente ilimitados, mas sua capacidade de armazenamento de energia é cerca de dez vezes menor que a das baterias recarregáveis presentes em dispositivos eletrônicos. Foi essa característica que a equipe do professor Michael Pope conseguiu resolver.
"Nós estamos demonstrando números recorde de capacidade de armazenamento de energia dos supercapacitores", explicou Pope.
Para amplificar a capacidade de armazenamento, os cientistas desenvolveram um método para cobrir com um líquido oleoso salgado as finas camadas de grafeno nos eletrodos. Esse líquido serve como um separador para as folhas de grafeno, impedindo que elas se empilhem. Essa simples mudança aumentou de forma dramática a área de superfície exposta, maximizando a capacidade de armazenamento.
E o líquido também cumpre a função de eletrólito para a condução da energia, reduzindo o tamanho e o peso dos supercapacitores.
"Essa é a parte mais legal", comentou Pope. "É um design inteligente e elegante".
Nos experimentos, os pesquisadores foram capazes de dobrar a capacidade de armazenamento dos supercapacitores. Entretanto, Pope alerta que mesmo com avanços futuros, dificilmente os supercapacitores alcançarão a capacidade das baterias. Mesmo assim, disse o pesquisadores, eles têm potencial para alimentar dispositivos eletrônicos, como laptops, smartphones e veículos elétricos, além de poderem ser usados para capturar a energia perdida na frenagem de ônibus e trens.
"Se eles forem vendidos da maneira correta para as aplicações certas, veremos cada vez mais supercapacitores na nossa vida cotidiana", previu o pesquisador.
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Redação iBahia
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