A conhecida mancha vermelha de Júpiter é uma fonte de calor intenso que aquece até mesmo a atmosfera superior do planeta. Usando um telescópio no Havaí que mede a radiação infravermelha, astrônomos descobriram que as temperaturas nessa região alcançam os 1500 graus Celsius, centenas de graus mais quente do que em qualquer lugar do gigante de gás do nosso sistema solar.
Este sempre foi um mistério para a ciência. A luz do Sol aquece a Terra até altitudes muito acima da superfície. Mas Júpiter orbita o Sol a uma distância cinco vezes maior que a aquela que separa a estrela do nosso Planeta Azul. Tão longe dos raios solares, Júpiter deveria ser bem mais gelado do que de fato é. O calor emanado da mancha vermelha, segundo os cientistas, explica esse enigma.
Segundo os cientistas, esse foco de calor é criado por uma tempestade gigante que gera ondas sonoras que, por sua vez, viajam centenas de quilômetros até a parte superior da atmosfera.
De acordo com o astrônomo James O'Donoghue, pesquisador da Universidade de Boston, nos EUA, e principal autor do estudo, publicado na revista "Nature" nesta quarta, a equipe desenvolveu observações para mapear a distribuição de calor no planeta inteiro. O objetivo era buscar anomalias de temperatura que poderiam levar a pistas sobre a origem da energia que aquece Júpiter.
Cientistas medem a temperatura de um planeta observando a luz infravermelha que ele emite. O topo das nuvens que vemos em Júpiter está a cerca de 50 quilômetros além do disco do planeta. Entretanto, os pesquisadores analisaram dados de cerca de 800 quilômetros de altitude. Quando checaram os resultados, encontraram temperaturas muito mais altas do que o esperado em certas áreas da atmosfera.
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Redação iBahia
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