O Ministério Público Estadual (MP-BA) recomendou na última terça-feira (23), que a estátua em homenagem a Daniel Alves, ex-jogador da Seleção Brasileira condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estupro, seja retirada de Juazeiro, cidade onde nasceu, no norte da Bahia.
Segundo a recomendação do MP, a legislação proíbe homenagem a pessoas vivas feita com bem público. A denúncia foi recebida pelo órgão em 25 de março deste ano. A defesa de Daniel Alves informou que não estava ciente da recomendação e que não vai se manifestar sobre o assunto.
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Prefeitura de Juazeiro emite nota sobre retirada de estátua
Em nota, a Prefeitura de Juazeiro diz que vai atender à recomendação do Ministério Público Estadual. O recolhimento da estátua será feito nos próximos dias. No entanto, a data não foi divulgada.
No documento, está previsto um prazo de 30 dias para a Prefeitura de Juazeiro justificar o cumprimento da recomendação e encaminhar a comprovação necessária da regularização da situação.
Estátua foi vandalizada
Desde a prisão de Daniel Alves, a estátua do jogador foi vandalizada ao menos três vezes. Na última vez, em fevereiro deste ano, ela foi pintada de branco após a condenação do atleta.
Além disso, em março, um grupo de 60 manifestantes protestaram no Dia Internacional da Mulher. O protesto contou com cartazes que traziam frases como "Parem de nos matar", "Não a cultura do estupro" e "Daniel Alves estuprador".
Condenação de Daniel Alves
O ex-jogador Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão sob acusação de ter estuprado uma mulher em boate espanhola. O julgamento do jogador durou três dias e ele prestou depoimento apenas no último, que ocorreu no dia 7 de fevereiro. A defesa de Daniel pedia liberdade condicional.
A pena ficou abaixo do que foi pedido pelo Ministério Público, que foi de 9 anos. Já a defesa da jovem pedia 12 anos de prisão.
AUTOR
Nathália Amorim
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Nathália Amorim
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