A Justiça da Bahia concedeu a guarda provisória da filha de Sara Mariano à família do pai da menina nesta terça-feira (12). A informação foi divulgada pela defesa dos familiares da cantora gospel, que também disputavam o direito de cuidar da garota de 11 anos. A advogada Sarah Bastos informou que irá recorrer.
A decisão vai de acordo com parecer emitido pelo Ministério Público estadual (MP-BA), no início do mês. O órgão é a favor da menina ficar com os avós paternos, mesmo sendo o pai dela suspeito de mandar matar a mãe. Procurado pelo iBahia na época, o MP-BA não comentou o assunto, por estar em segredo de Justiça.
Leia também:
Procurada pelo portal na ocasião, a defesa da família de Sara Mariano tinha dito que confiava que a Justiça entregasse a menina à avó materna, que mora no Maranhão e está em Salvador resolvendo os trâmites, porém já tinha deixado claro que iria recorrer caso isso não acontecesse.
Segundo Sarah Bastos, a família vê como positiva a mudança da garota para a casa de Dolores Freitas, para afastar a criança da exposição que recebeu na Bahia após o crime.
A primeira audiência do caso aconteceu no dia 29 de novembro, em Salvador. A menina conversou com uma psicóloga, enquanto era assistida por uma juíza. O depoimento aconteceu no Fórum das Famílias, que fica ao lado do Fórum Ruy Babosa, no Campo da Pólvora.
A escuta começou às 9h, teve pausa para almoço e só foi finalizada por volta das 18h. As partes interessadas também acompanharam a conversa, porém os detalhes não podem ser divulgados.
Enquanto a decisão não sai, a criança deve seguir com a família do pai, tendo encontros com a avó materna. Até alguns dias atrás, ela não sabia que o pai, Ederlan Mariano, havia matado a mãe.
Além dele, outras três pessoas foram presas pelo crime. A polícia chegou a informar que o marido da cantora gospel confessou o assassinato, porém a defesa negou.
Os outros três presos, apontados como autores do crime, confessaram e contaram detalhes da ação, durante acareação feita na Delegacia de Dias d'Ávila, onde o crime é investigado.
O trio contou que dividiu R$ 2 mil pelo trabalho e apontou Ederlan Mariano como pagante. Além de Weslen Pablo Correia de Jesus, que é conhecido como Bispo Zadoque, Gideão Duarte e Victor Gabriel de Oliveira, um quarto homem, identificado como "cantor Davi Oliveira" aparece na divisão do dinheiro.
No entanto, o homem nega que tinha conhecimento do crime. A defesa de Gideão Duarte também negou essa versão.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!